As buscas realizadas por policiais civis, militares e bombeiros em uma chácara do Condomínio Residencial Novo Horizonte, no Itapoã, foram finalizadas por volta de 10h30 desta quinta-feira (19/1). O objetivo era procurar corpos de vítimas da chacina familiar que causou repercussão nacional. Não foram encontrados vestígios de corpos no local.
De acordo com o tenente Mauro Coimbra, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), foram utilizadas cinco viaturas, 17 militares, dois cães farejadores e um drone. "A área de mata fechada foi varrida pelos cães farejadores e a área aberta foi observada pelos drones para verificar se havia alguma área de terra removida recentemente ou algum outro indício da presença de corpos nesse local. Os mergulhadores também fizeram uma avaliação no ribeirão Sobradinho, mas descartaram a possibilidade de corpos terem sido jogados dentro do córrego", informou o tenente.
Ricardo Viana, delegado responsável pelo caso, falou à imprensa na manhã desta quinta-feira (19/1) na 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá. Segundo ele, a descoberta do corpo na tarde de quarta (18/1) foi uma surpresa e vai ajudar nas investigações.
Segundo o delegado, a Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigações dadas as circunstâncias. O corpo encontrado no cativeiro foi uma surpresa, mas se encaixa em uma dessas linhas. “Estamos apurando duas vertentes que se bifurcavam, uma que foi apresentada no interrogatório do Gideon, em que Marcos, Tiago, Claúdio e a filha seriam co-autores desse crime, ajudaram eles a praticar, pagaram eles por essa empreitada criminosa e teriam fugido do DF para viverem uma nova vida”, informa o delegado.
Já sobre a segunda linha de investigação, o delegado destaca a possibilidade de que Gideon, Horácio e Fabrício seriam os executores da chacina e que teriam matado os integrantes da família um por um após adquirirem uma certa quantia financeira pela venda de imóveis. “Se, através das buscas, for confirmada a identidade de um dos desaparecidos, prevalecerá a vertente em que os três presos teriam cometido o crime, e as pessoas passariam de suspeitas para vítimas", finaliza o delegado.
O caso
Até o momento, as investigações da Polícia Civil (PCDF) enfraquecem a versão de que Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, e o filho Thiago Belchior, 30, tenham encomendado as mortes e caminham para a hipótese que os assassinatos de cabeleireira Elizamar da Silva, 37; dos filhos dela, Gabriel, 7, e o casal de gêmeos Rafael e Rafaela, 6; de Renata Juliene Belchior, 52; da filha dela, Gabriela Belchior, 25; foram arquitetado e executados por Gideon Menezes, 55, Horácio Carlos, 49, e Fabrício Silva Canhedo, 34, todos presos.
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