Existe a possibilidade que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, deponha a justiça novamente na segunda-feira (23/1).
Preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, desde sábado (14/1), ex-ministro da Justiça Anderson Torres permaneceu em silêncio no primeiro depoimento, nesta quarta (18/1), à Polícia Federal. O inquérito investiga se houve omissão ou outros crimes da parte dele nos atos terroristas em 8 de janeiro.
Na oitiva desta quarta (18/1), que durou cerca de uma hora, Torres foi questionado, também, sobre a minuta de decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — a intenção do documento era reverter o resultado do pleito que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.
Juristas ouvidos pelo Correio avaliam que a postura de Torres é comum em inquéritos e legítima, uma vez que o investigado não pode produzir provas contra si, direito protegido pela Constituição Federal de 1988. "Ele poderia ter esclarecido algo para facilitar a defesa, mas, como já foi anunciado que as investigações vão tentar conseguir informações por outros meios, é melhor para ele esperar o material físico e, a partir daí, dar esclarecimentos, em cima de acusações com mais elementos", explica Felipe Albuquerque, professor de direito da Universidade Federal do Ceará (UFC).
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