Sem muitas ressalvas. Assim foi a sessão extraordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que aprovou o requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na tarde desta quarta-feira (18/1). Os distritais não tiveram nenhuma objeção quanto ao conteúdo do documento. Segundo o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), o requerimento deve ser publicado nesta quinta-feira (19/1).
Novamente em uma sessão híbrida, 23 dos 24 deputados estiveram presentes — apenas Daniel Donizet (PL) não participou do encontro. Vice-Presidente da Casa, o deputado Ricardo Vale (PT) leu o documento e destacou que o prazo máximo para os trabalhos da CPI será de 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. Além disso, a comissão pode pedir a presença de servidores da União para ajudar na investigação.
O que vem a seguir?
Agora, os blocos/bancadas devem indicar os membros que vão integrar a CPI. Depois de composta a comissão, o próximo passo é a distribuição dos cargos entre seus componentes — o que deve ocorrer na semana que vem.
A maior discussão ficou por conta dos prazos para indicação dos membros. Max Maciel (PSol) sugeriu que isso fosse feito na sessão desta quarta-feira (18/1). No entanto, o presidente da CLDF e outros distritais acharam melhor respeitar o prazo estabelecido, para não "atropelar o regimento interno".
Nesta terça (17/1), a reportagem apurou que Robério Negreiros (PSD), líder do governo na CLDF, estaria cotado como presidente da CPI. Na sessão desta quarta-feira (18/1), ele disse que declina a indicação de qualquer cargo de relevância, pela imparcialidade. "Isso para que seja uma investigação justa e séria", destacou.
Relembre
A CPI vai investigar os atos terroristas ocorridos no dia 12 de dezembro de 2022 e no dia 8 de janeiro de 2023. Em 12 de dezembro, terroristas incendiaram ônibus, tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e quebraram vidros na 5ª Delegacia de Polícia, na área Central de Brasília. No último dia 8 de janeiro, um grupo de terroristas vestidos de verde e amarelo invadiu os prédios do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional — Senado e Câmara Federal — e do Palácio do Planalto, depredando o patrimônio e causando danos sem precedentes.
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