Jornal Correio Braziliense

Arte ao ar livre

Toninho de Souza se prepara para restaurar mural do Conic

Obra de 50 metros conta a história de Brasília com os traços característicos do artista. Restauração começa neste sábado (14/1).

Neste sábado (14/1), o artista plastico Toninho de Souza irá começar a restauração do Maior Mural da Construção de Brasília, arte que toma conta de um paredão do Conic, tem 50 metros e foi instalada em 2016.

Inspirado na história de Brasília, Toninho pintou o sonho de Dom Bosco, a primeira Missa, as Jardineiras, os Paus-de-araras, os construtores, os trabalhadores e os principais monumentos até o atual Estádio Mané Garrincha.

 

Foto: Toninho de Souza - Mural 'Maior Mural da Construção de Brasilia ', antes da restauração

A técnica utilizada foi de tinta acrílica sobre cimento e aplicação de verniz. Toninho explica que a restauração não é atípica já que a obra fica ao ar livre. ''Principalmente a parte de baixo, onde mais cai chuva, sol e sujeira, então está no tempo certo e logo vai voltar com as cores vibrantes e brilho", disse o artista. 

Quem é Toninho de Souza? 

Nascido em Riachão das Neves, na Bahia, Toninho de Souza é pintor, escultor, gravador, ceramista, muralista, cenógrafo, desenhista, escritor, curador e precursor da arte digital no DF.  Radicado no Distrito Federal desde 1957, Toninho é pioneiros da capital brasileira e de Sobradinho. Ele chegou ao Planalto Central aos 6 anos de idade e vivenciou a construção da capital nos canteiros de obras.

Quando se tornou adulto, participou de vários Salões no Distrito Federal, sendo premiado em alguns com uma linguagem própria conhecida como melanciacultura. Ele recebeu o título hors concours no Salão das Cidades Satélites do Distrito Federal. Em 1991, no Rio de Janeiro, recebeu o Prêmio de Viagem à Europa, para onde viajou em 1992. De volta ao Brasil, ele criou a linguagem do nelantucanarismo e mudou toda a sua trajetória artística, saindo de uma fase da figuração para a abstração. Toninho também participou de várias mostras coletivas no exterior, sendo a última em 2008, quando foi um dos convidados para 1ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Chapingo, no México, representando o Brasil. O artista também foi conselheiro de cultura do DF.


 

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