Após a omissão do Governo do Distrito Federal (GDF) frente aos ataques criminosos, que ocorreram na tarde de domingo (8/1) no centro da capital federal, opositores dos partidos PSOL e PSB apresentaram um requerimento na Câmara Legislativa que pede a instauração de uma CPI contra os atos terroristas.
A solicitação ocorreu nesta segunda-feira (9/1) com objetivo de investigar a omissão por parte de autoridades, porém, para ser instaurada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) precisa de oito assinaturas.
Elaborada pelos deputados distritais Fábio Félix (líder do bloco PSOL/PSB), Max Maciel (PSOL) e Dayse Amarílio (PSB), os parlamentares alegam que a aglomeração de radicais já dava indicativos de mobilização violenta e antidemocrática, principalmente após os primeiros ataques terroristas do dia 12 de dezembro.
No documento protocolado por Fábio Félix, o parlamentar afirmou, por meio de texto que “é nítido, assim, que a mobilização extremista não é fato inesperado, mas tragédia anunciada, cuja repressão foi endurecida inclusive por meio da legislação penal”.
Atos antidemocráticos
Os manifestantes pró-Bolsonaro saíram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por volta de 13h30 de domingo (8/1), em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”.
Apesar de não terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos. Porém, não foi isso que os brasilienses presenciaram.
O Palácio do Planalto, por exemplo, amanheceu nesta segunda-feira (9/1) em meio a um cenário caótico. Após ataques e invasões de terroristas ocorridos ontem na Praça dos Três Poderes, o prédio passa por reparos iniciais, na medida do possível, como limpeza na área e no espelho d'água e medição para troca de vidros. Há ainda vestígios de sangue na parte do térreo, próximo à porta do comitê de imprensa.
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