Com uma satisfação completa pelo sorriso estampado no rosto, o geógrafo Vitor Silva Paiva, 34 anos, confirmava que, mesmo extremamente sóbrio, nas imediações de um bar, era mais do que possível celebrar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Incapaz de virar um copo de cerveja que fosse, Vitor foi ao ponto de encontro, no bar Pardim (405 Norte), para encontrar a turma e seguir para o Festival do Futuro, na Esplanada dos Ministérios. As atrações de interesse eram precisas: Pabllo Vittar e BahiaSystem.
- Lula assina série de MPs e revoga decreto de Bolsonaro; veja lista.
- Apoiadores de Lula acompanham shows do Festival do Futuro na Esplanada.
Vitor, integrado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, e que foi ainda funcionário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, celebrou, entre outros feitos de Lula, as escolhas de nomes como o de Marina Silva, "muito experiente com ministério". "Ela sabe da necessidade de proteção do meio ambiente (pasta de ministério para a qual foi designada)", comentou. Formado pela Universidade de Brasília, Vitor Paiva comemorava perspectivas "maravilhosas" com o vislumbre de impulsos para bolsas do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
"Só de não ter o pessoal do governo anterior, na posse, já foi maravilhoso. Nossa alegria, de amigos da Funai e minha, foi muito grande. Vivemos quatro anos de cortes recorrentes de verbas e ainda de demissões de terceirizados", enfatizou. Vitor acompanhou os três discursos de Lula; com mais atenção o do parlatório, "com muita gente emocionada". "O discurso do Lula nos representou, ele falou tudo o que eu esperava. É um presidente que não teme o choro. Saímos leves e felizes. Lula é tão representativo e dono de muita popularidade", avaliou Vitor.
Numa viagem de um dia, espécie de bate-e-volta de Goiânia, a preparadora física Luciana Fortuna, 38 anos, veio à capital pela primeira vez movida pela vontade de acompanhar a posse, ao lado das amigas Paula, Sarah e Estela. Todas dividiram uma mesa no Beirute (107 Norte). Apaixonada por história, Luciana comemorou a recuperação dos símbolos da bandeira, do hino nacional e do uso de verde-amarelo. "O show a gente é quem faz. Foi muito bom assistir à posse dos ministérios — tão representativo das mulheres", comentou.
Representante sindical, o servidor público Paulo Soares, ao lado da esposa aposentada Giselda, escolheu o "reduto petista" do Beirute, para celebrar "a festa da democracia mais autêntica". "A gente até se arrependeu de não ter ido à Esplanada, onde tínhamos a memória da posse de Lula de 2003", comentou Giselda. "Passamos por quatro anos de desgoverno, e, neste domingo, vimos, de novo, o respeito pela diversidade", demarcou Paulo. Giselda complementou: "O dia nasceu feliz".
Newsletter
Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!