Nesta terça-feira (31/1), a Segunda Vara Criminal de Águas Claras, a pedido da Policia Civil do Distrito Federal (PCDF), converteu a prisão temporária do empresário Eduardo Rodrigues Silva, 36 anos, em prisão preventiva.Também a pedido da PCDF foi prorrogada a prisão temporária, por mais 5 dias, de outros dois envolvidos, presos na última sexta-feira.
Eduardo foi preso pelos crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro. Investigadores da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) vão analisar dados fiscais obtidos com autorização judicial, colher depoimentos das vítimas e identificar as joias furtadas e roubadas. Ele está detido desde segunda-feira (29/1), depois de se entregar à polícia.
Eduardo entrou na mira das autoridades após os investigadores constatarem um forte esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro. Em um perfil do Instagram, ele acumulava 74,9 mil seguidores e postava fotos exibindo uma vida de luxo, com carros caros e em viagens a lugares paradisíacos internacionais.
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No decorrer das investigações, a polícia descobriu que Eduardo também atuava como agiota e financiador de pessoas que praticam furtos e roubos. Identificou-se, então, uma associação criminosa integrada da qual participavam Vitor Duarte Nunes, Bruno de Alencar Cabral Carvalho e Cleyton Viana de Souza — todos presos temporariamente.
A apuração apontou que o empresário e os comparsas faziam transações bancárias entre si envolvendo grandes somas. Em duas dessas movimentações, incompatíveis com a renda mensal declarada, Eduardo passou mais de R$ 95 mil para Cleyton que, por sua vez, transferiu, posteriormente, R$ 57,2 mil para o próprio Eduardo.
A fraude contava, ainda, com a emissão de notas por uma empresa de fachada. Em 2017, Eduardo foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão por extorsão e cumpria a pena em regime domiciliar.
Relação com celebridades
Nas redes sociais, era comum Eduardo aparecer ao lado de grandes estrelas do futebol mundial, como Neymar. O empresário chegou a vender ao craque uma corrente de ouro cravejada em diamantes, no valor de R$ 106 mil. Segundo as investigações, somente este negócio, efetuado em março de 2019, representou mais de 81% das operações da empresa.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão contra Eduardo, os policiais apreenderam diversas joias roubadas que, segundo a polícia, eram receptadas para serem revendidas. O empresário vai cumprir prisão temporária de cinco dias. A PCDF, no entanto, pretende pedir prorrogação da detenção por mais cinco dias devido à complexidade do caso.
A Justiça também determinou o bloqueio das contas vinculadas a todos os quatro envolvidos no esquema que, somadas, ultrapassam R$ 15 milhões, além do sequestro de uma lancha e de veículos de luxo, como um Porsche e uma Rand Lover.
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