ENTRE OS EIXOS DO DF

Secretária de Saúde do DF defende fundo constitucional e fala de desafios

No evento Ente os Eixos do DF, secretária de Saúde falou das estratégias para superar os problemas enfrentados pela rede pública de saúde na capital do país

Naum Giló
postado em 30/01/2023 18:30 / atualizado em 30/01/2023 18:30
 (crédito: Khalil Santos/CB/D.A. Press)
(crédito: Khalil Santos/CB/D.A. Press)

A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, engrossa o coro dos defensores da manutenção do Fundo Constitucional do DF. "Ele é fundamental, porque compõe a folha de pagamento dos 34 mil servidores da Saúde", detalha. "É um pilar fundamental para a manutenção de uma saúde [pública] de excelência. Precisamos estar unidos nessa causa, uma vez que o DF é uma sede administrativa que comporta os Três Poderes da República. Não podemos, de maneira alguma, abrir mão dessa vocação", reforçou a gestora, uma das participantes do painel sobre os desafios para melhorar a saúde e a segurança da cidade, no evento Entre os Eixos do DF, evento promovido pelo Correio com objetivo de debater com políticos, empresários e gestores públicos temas relacionados ao desenvolvimento sustentável e qualidade de vida na capital.

Sobre a situação da rede pública de saúde, que tem recebido muitas reclamações por parte da população, Lucilene explicou que a pandemia causou uma queda de arrecadação de impostos, ao mesmo tempo que a demanda por serviços médicos aumentou. A secretária de Saúde também destacou o tamanho da população que a rede atende, que não se limita apenas às fronteiras do DF, que tem cerca de 3 milhões de habitantes. Os moradores dos municípios integrantes da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (Ride) buscam a rede da capital quando precisam de atendimentos mais complexos, o que totalizaria uma população de cerca de 7 milhões de pessoas atendidas pelo DF.

A Saúde foi a área em que o governador afastado Ibaneis Rocha reconheceu que houve falhas durante a sua primeira gestão. Lucilene detalhou algumas estratégias para reverter a situação da saúde pública do DF. "Passada as fases mais críticas da pandemia, agora temos uma população que permanece com suas necessidades urgentes e uma demanda reprimida que nasceu na pandemia, principalmente as cirurgias eletivas, que hoje são prioridade da nossa pauta", revela.

"Também é nossa estratégia, nesses sete meses que estou à frente da pasta, a recomposição da força de trabalho, enfrentamento das filas para cirurgias eletivas e continuar com todas as campanhas de vacinação para todas as faixas etárias", afirmou a secretária.

Também participaram do painel a ex-procuradora-chefe do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Fabiana Costa e o ex-secretário de segurança e professor da Universidade de Brasília (UnB), Arthur Trindade.

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