O novo secretário de segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, falou sobre o plano de segurança para a posse dos deputados federais e senadores, que acontecerá no próximo dia 1º de fevereiro. Esse vai ser o primeiro grande evento no Congresso Nacional desde os atos terroristas na Praça dos Três Poderes. Segundo o novo chefe da Pasta, o plano "já está bastante adiantado, praticamente consolidado". "Foi um trabalho feito pelo interventor Ricardo Cappelli junto com as forças de segurança do DF e outros atores do governo federal", explicou Avelar.
O nome de Sandro Avelar para ocupar a Secretaria de Segurança Pública foi anunciado pela governadora em exercício, Celina Leão, na última quarta-feira. O anúncio ocorreu antes do fim da intervenção federal no DF, para que o novo titular da pasta possa estar a par do planejamento de segurança para a posse dos senadores e deputados federais, e do início dos trabalhos no Judiciário, além da realização do carnaval de rua no Distrito Federal. "Neste momento é algo que nós queremos evitar: um apagão de informações", complementou. Segundo a governadora em exercício, é possível que Avelar tome posse como chefe da pasta antes mesmo do fim da intervenção federal. "Já enviamos o ofício solicitando que ele seja liberado pela Polícia Federal, já que ele é servidor público efetivo", informou Celina.
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Ontem, a governadora reuniu o Gabinete da Preservação e Mobilização Institucional para fazer um balanço das ações do governo local visando restabelecer a ordem pública na capital federal após os atos antidemocráticos em 8 de janeiro. Instituído pelo GDF em 9 de janeiro, o gabinete foi criado para promover a estabilidade, coordenar as atividades administrativas não afetadas pela intervenção federal no âmbito da segurança pública e prestar apoio ao interventor nomeado pelo Governo Federal, Ricardo Cappelli.
Balanço
"O GDF tem sido diligente e queremos restabelecer a ordem aqui no Distrito Federal. Fazemos um agradecimento a todos os envolvidos no restabelecimento da ordem", destacou a governadora em exercício. Entre outras ações, ela anunciou que o governo destinou recursos para a construção da sede definitiva do 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM), que será localizado próximo à Praça dos Três Poderes. Além disso, o governo também dobrou o orçamento do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) a policiais militares.
Desde o início da intervenção federal, o DF tem adotado uma série de medidas para que o sistema prisional pudesse suportar todos os aspectos que envolvem as 1.398 prisões decorrentes dos atos deflagrados na cidade. "Ações administrativas deram suporte à intervenção, desde alimentação às pessoas que ficaram detidas na PF, atendimento médico, até estrutura para dar suporte ao governo federal. Conseguimos ampliar também o número de salas para as audiências de custódia", elencou Celina.
O governo também tem apurado as denúncias de servidores envolvidos nos atos antidemocráticos. A Controladoria-Geral do DF recebeu 89 manifestações sobre o tema. Onze procedimentos foram arquivados por se tratarem de servidores aposentados e mais de 20 ainda estão em verificação. Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu mais de 200 denúncias e a Polícia Federal instaurou quatro inquéritos.
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