A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou, nesta terça-feira (24/1), que os dois corpos encontrados carbonizados dentro de um Siena pertencem a Renata e Gabriela Belchior, sogra e cunhada da cabelereira Elizamar da Silva. O carro foi encontrado pela polícia em 14 de janeiro (um sábado), em Unaí (MG), um dia após outro carro ligado à família também ter sido encontrado carbonizado.
A perícia da polícia já havia informado que os dois corpos encontrados no veículo em Unaí pertenciam a duas mulheres. Agora exames confirmaram que os corpos são realmente de mãe e filha.
"Sobre a confirmação da causa de morte das duas, se foram mortas dentro do carro ou se morreram antes, só serão divulgadas após o exame de anatomopatologia. "A anatomopatologia que vai tentar identificar se essas pessoas estavam vivas e foi alvejado fogo ou se essas pessoas foram queimadas depois de mortas. Isso leva um tempo maior para ser definido", diz a médica legista Naray Jesimar, diretora do IML de Belo Horizonte.
Com a confirmação, o número de corpos identificados da chacina no DF subiu para nove. Elizamar e os três filhos, Gabriel, de 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6, foram encontrados carbonizados em um carro na cidade de Cristalina (GO) e Marcos Antônio, sogro de Elizamar, que foi encontrado na residência em que Renata e Gabriela foram mantidas em cárcere.
Na noite de segunda (23/1), a Polícia do Distrito Federal encontrou outros três corpos dentro de uma fossa, em uma área rural de Planaltina. Dois deles foram identificados como Thiago Belchior, marido de Elizamar e Cláudia Regina Marques de Oliveira, ex-mulher de Marcos Antônio. Foi confirmado que o terceiro corpo pertenceria a uma adolescente.
A única pessoa que segue desaparecida no caso é a Ana Beatriz Marques, filha de Regina e Marcos Antônio.
Renata e Gabriela foram mantidas em cárcere privado
Segundo a investigação da polícia, Renata e Gabriela foram mantidas em cárcere privado por mais de 24 horas. Em depoimento prestado à polícia, Horácio Carlos, suspeito de envolvimento nos crimes e que foi preso pela PCDF, contou que os suspeitos chegaram a ameaçar as vítimas e se passar por elas em mensagens de texto.
Ele também revelou na oitiva que os corpos encontrados pertenciam a mãe filha e que ambas mantidas em cárcere em uma casa localizada no Vale do Amanhecer, em Planaltina. O corpo de Marcos Antônio, marido e pai das vítimas, foi encontrado decapitado nessa casa.
A polícia ainda tenta entender a linha do tempo do crime e se houveram mandantes. Até o momento, quatro suspeitos de envolvimento na chacina foram identificados pela polícia. Três deles: Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos, e Fabrício Silva Canhedo, 34 anos, estão presos. Fabricio foi o responsável por vigiar Renata e Gabriela na casa.
O quarto suspeito é Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos, que é considerado foragido. De acordo com a apuração do Correio, com base em fontes policiais, Carlomam teria o mesmo envolvimento no crime que os outros três suspeitos. O foragido teria participado do sequestro e dos assassinatos das vítimas.
A investigação do caso segue em andamento.
* Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca
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