ATOS EXTREMISTAS

Moraes marca depoimento de Anderson Torres à PF para início de fevereiro

Torres será interrogado pela Polícia Federal no dia 2/2, às 10h30. Havia expectativas para que o ex-secretário de Segurança falasse nesta segunda, mas o testemunho foi suspenso

Rafaela Martins
Francisco Artur
postado em 23/01/2023 11:28 / atualizado em 23/01/2023 13:25
 (crédito: Marcelo Ferreira//CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira//CB/D.A. Press)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres à Polícia Federal para o dia 2 de fevereiro, às 10h30. Preso no 4ª Batalhão da Polícia Militar do DF, Torres é suspeito de ter sido conivente com atos de vandalismo ocorridos no último dia 8 de janeiro, em Brasília. 

Havia expectativas para que o ex-titular da pasta da Segurança do DF falasse à PF nesta segunda-feira (23/1), no entanto não houve o depoimento. Segundo a defesa de Anderson Torres, o testemunho não foi realizado porque havia a necessidade de uma autorização de Moraes para que houvesse o depoimento.

À Polícia Federal, Torres depôs no último dia 18. Na ocasião, porém, o ex-secretário do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) ficou calado.  

Suspeitas

No dia em que foram registradas cenas de invasão aos prédios da Praça do Três Poderes, Torres estava em viagem, nos Estados Unidos. Horas após o registro de vandalismo, Ibaneis o exonerou do cargo. 

Além de ser suspeito por conivência no dia da invasão dos prédios públicos, Anderson Torres é investigado pela PF por acolher um documento que apresentava uma espécie de "passo a passo" para que o resultado das eleições presidenciais, que definiram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, fosse alterado. 

Considerado inconstitucional, o questionamento das eleições era pregado pela minuta do documento. Diante disso, Torres disse que o documento, que previa um golpe, "muito provavelmente" estava em uma pilha para descarte.

"Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá, vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim", escreveu. "Respeito a democracia brasileira".  

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