Empresário do DF procurado por atos golpistas pula janela para fugir da PF

Dono de um famoso restaurante em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, Raif Jibran Filho pulou da janela do segundo andar de uma casa na Barra da Tijuca, no RJ, para fugir da Polícia Federal

Maryanna Aguiar — Especial para o Correio

postado em 20/01/2023 18:42 / atualizado em 20/01/2023 18:45

(crédito: Reprodução/Twitter @_mulher_aranha_)

O empresário brasiliense Raif Jibran Filho, investigado por suspeita de ter sido um dos financiadores dos atos golpistas na Esplanada dos Ministérios, pulou da janela do segundo andar de uma casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para fugir da Polícia Federal. Dono de um famoso restaurante em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, Raif é filho do empresário libanês Jibran ElHadj, fundador do Torre Palace, abandonado desde 2013 e que, inclusive, pode ir a leilão esta semana.

Raif é um dos oito alvos da operação Lesa Pátria da Polícia Federal (PF), que já prendeu cinco pessoas. O bolsonarista fugiu ao ser abordado pela PF, nesta sexta-feira (20/1), que cumpria o mandado de prisão preventiva em uma residência dele.

Um vídeo gravado pelo empresário e divulgados nas redes sociais registrou a presença nos atos do dia 8, convocando os seguidores para “irem a guerra”:

• Após anos de abandono, Torre Palace Hotel pode ir a leilão

"Dia 8, aqui, domingo. Mostrando que o poder emana do povo. Estamos aqui tomando tiro de borracha, gás lacrimogêneo, mas mostrando que essa porra é nossa! (...) É guerra! Quer ser comandado por comunista? Vem pra guerra!", diz Jibran Filho, no vídeo.

Esse é Raif Jibran Filho, proprietário do Rústico Premium Grill, um dos mais badalados e caros de São Jorge na Chapada dos Veadeiros onde a galera descolada gosta de fazer foto pra Instagram. Vamos deixar o restaurante famoso? pic.twitter.com/iaZEeqwX4X

— Lorena Rodrigues (@_mulher_aranha_) January 9, 2023

De acordo com a PF, os crimes pelos quais os empresários estão sendo investigados envolvem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.