Crime

Tese de que pai e filho sejam mandantes de assassinato perde força, diz PCDF

Como o corpo encontrado na casa onde mãe e filha estavam mantidas em cárcere, tese de que pai e filho sejam mandantes de arquitetar a morte dos integrantes da família perde a força, diz o delegado responsável pelo caso

Pablo Giovanni*
Carlos Silva*
postado em 18/01/2023 18:35 / atualizado em 18/01/2023 19:11
 (crédito:  Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

Após um corpo ter sido encontrado na casa onde mãe e filha foram mantidas em cárcere, o delegado da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Ricardo Viana, afirmou que a versão de que pai e filho sejam mandantes do assassinato da família perde força. De acordo com o chefe da unidade, tudo indica que Gideon Batista de Menezes, 55, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49, e Fabrício da Silva Canhedo, 34, se juntaram, subtraíram os valores e mataram os integrantes da família.

Segundo Viana, essa tese ganha força porque a coautoria fica prejudicada, porque pai e filho — Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54 e Thiago Gabriel Belchior, 30, respectivamente — não estavam em conluio com os três assassinos. Para ele, os autores do crime ceifaram cada um da família.

"Até agora (a motivação) é patrimonial. Imóveis foram vendidos, dinheiro estava circulando na família, o que culminou com a cobiça, haja em vista que eles dois (Gideon e Horácio) moravam na mesma chácara e sabiam de toda a rotina deles. A investigação não pode aceitar todas versões do acusado. Cabe a nós pegar o que foi dito e tentar comprovar. Estamos vendo que alguma das comprovações que ele colocou não está se concretizando”, disse.

Mesmo com toda a experiência como policial, Viana ainda fica atônito com a brutalidade do caso. "Todo dia enfrentamos 'um pior', mas isso me surpreendeu. Muita gente da mesma família. Queimaram até crianças. Nunca tinha visto algo assim", conta.

Corpo encontrado é de homem

O corpo encontrado pelos investigadores da Polícia Civil, na tarde desta quarta-feira (18/1), na mesma casa em que Renata Belchior, 52 anos, e a filha Gabriela, 25, foram mantidas em cárcere privado é do sexo masculino. A residência fica no Vale do Sol, região entre o Vale do Amanhecer e o Arapoanga. Segundo apurado pelo Correio, o corpo não estava em estado avançado de decomposição.

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros Marcelo de Abreu, o cadáver tinha “algumas marcas de violência”. O corpo foi encontrado após a polícia conseguir mais uma pista na investigação do caso e retornar, junto aos bombeiros, para a casa em que Renata e Gabriela foram mantidas em cárcere privado.

Os agentes visitaram a casa ao lado de cães farejadores, que indicaram um local onde havia uma terra remexida. Os bombeiros encontraram o cadáver após escavarem cerca de 30 a 50 centímetros de terra. “Uma cova rasa, mas bem ampla para poder comportar o corpo”, disse o tenente Abreu.

*Estagiários sob a supervisão de Patrick Selvatti

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