VIOLÊNCIA

Aumenta o número de jornalistas agredidos durante atos terroristas

Segundo o SJPDF, até a manhã desta terça (10/1), o sindicato recebeu relatos de 15 profissionais da imprensa agredidos nos atos golpistas. Os crimes ocorreram neste domingo (8/1) quando bolsonaristas invadiram as sedes dos três poderes da república

Paulo Barreira*
postado em 10/01/2023 16:14 / atualizado em 11/01/2023 12:57
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal informou, por meio de nota oficial, que subiu para 15 o número de profissionais da imprensa agredidos durante os atos terroristas e golpistas promovidos por bolsonaristas no domingo (8/1). O SJPDF lamenta o ocorrido e reforça que tem cobrado medidas efetivas por parte das forças de segurança diante dos crimes.

A coordenadora geral do SJPDF Juliana Cézar Nunes, que participou da reunião convocada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, destacou para o ministro a importância do apoio do Governo Federal, em especial da equipe de intervenção federal, para que ocorra a investigação das agressões cometidas contra os jornalistas. Para Juliana, é necessário que haja uma priorização nas investigações dos crimes cometidos para com a classe profissional. “Pelos relatos que recebemos no sindicato, os terroristas tiveram um padrão de abordagem com os jornalistas, tanto em termos de agressões verbais e físicas, pegando os equipamentos, mandando apagar os arquivos, ou até mesmo roubá-los”, afirma Juliana.

Com base nos relatos coletados pelo sindicato, a coordenadora geral alega que os policiais militares não protegeram os profissionais que atuavam na cobertura dos atos terroristas, e pelo contrário, cometeram agressões. Tal comportamento tem sido observado ao longo do tempo por parte do SJPDF. “É fundamental que o Governo Federal, por meio da equipe de intervenção federal, conduza e priorize as investigações dessas agressões com jornalistas; que estabeleça um diálogo com a Polícia Civil”, pondera Juliana.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) foi acionada pelo sindicato requerendo explicações relacionadas à má conduta da corporação perante os atentados contras os profissionais de imprensa. Juliana afirma que, por diversas vezes em reuniões com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) em conjunto com a Polícia Militar, o SJPDF já havia solicitado que os agrupamentos ficassem atentos à segurança dos jornalistas nas manifestações.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal avalia a possibilidade de ajuizar ações coletivas que exijam do estado brasileiro e do DF indenizações por danos morais e materiais frente aos casos, “tendo em vista a convicção que estes atos terroristas que ocorreram no domingo contaram com a complacência da Polícia Militar e dos agentes de Estado que sabiam o que estava orquestrado, e portanto precisam ser responsabilizadas sobre tudo que ocorreu”, finaliza a coordenadora geral do sindicato.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

 

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