A vida de Maria Stela Grossi Porto foi marcada pela excelência acadêmica. Professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia, Stela, ao longo da trajetória profissional, se tornou referência intelectual em temas como violência, conflito e segurança. Ajudou a modelar áreas da sociologia brasileira em que se dedicou e fez com que inúmeros pesquisadores se encantassem pela ciência social.
Vítima de um câncer, a professora morreu na manhã de ontem, deixando seu nome eternizado não só na história da sociologia e da UnB, mas também na vida das pessoas que cruzaram seu caminho. "Para mim, fica a imagem de uma colega acolhedora e generosa", descreve Arthur Trindade, diretor do Instituto de Ciências Sociais da UnB. "A professora Maria Stela Grossi Porto foi uma intelectual, cuja obra influenciou gerações de sociólogos. Suas pesquisas sobre representações sociais da violência têm servido de base para formulação de políticas públicas, sobretudo no campo da formação policial", afirma.
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A vocação profissional de Stela era tamanha que precisou ser compartilhada com o mundo todo. A professora — que se descobriu socióloga ainda adolescente — era atuante ativa em diversos fóruns internacionais, e chegou a ser vice-presidente do RC 29-Research Committee on Deviance and Social Control, da Associação Internacional de Sociologia. A intelectual também transformou a imensa sabedoria em livro. Autora de Repensando travessias: O fazer sociológico, ela convida os leitores a mergulhar de cabeça no mundo da sociologia.
Na UnB, Stela foi diretora da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais entre 2009 e 2010 e parte do conselho acadêmico em 2019 e 2020. "Ela é uma professora querida pelos alunos e colegas. Deixará muitas saudades", finaliza o diretor.
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