Após manifestantes bolsonaristas invadirem os prédios dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o governador Ibaneis Rocha afirmou, por meio das redes sociais, que todo o efetivo das forças de segurança do Distrito Federal estava sendo acionado para auxiliar a conter os ataques. Logo depois do pronunciamento, a Polícia Militar do DF confirmou que todos os policiais militares foram convocados.
Por meio de nota, a PMDF ressaltou que, desde o fim de 2022, o policiamento já havia sido reforçado “em virtude do período de fim de ano e das posses federal e local”. Com as manifestações deste domingo (8/1), esse contingente foi direcionado para a área central de Brasília e todo o efetivo, mesmo os policiais que estavam de folga, “foi acionado para garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
Além dos policiais militares, a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil (DOE/PCDF) foi convocada para reforçar a segurança na Esplanada. A orientação, segundo fontes ouvidas pelo Correio, é que os policiais civis da DOE atuem na proteção de policiais e delegacias.
Em relação ao restante do efetivo da PCDF, o Correio procurou a assessoria de comunicação da corporação, que confirmou o acionamento dos outros policiais. "Foi mobilizado todo o efetivo de policiais civis do DF, em regime de plantão e expediente, para reforçar as escalas e prestar apoio a todas as unidades policiais do DF", ressaltou. Segundo fontes da reportagem, todos os policiais civis receberam, por volta das 18h deste domingo (8/1), um comunicado convocando para se dirigirem à área central.
Saiba Mais
- Cidades DF No dia em que completaria um mês, bebê morre à espera de cirurgia no DF
- Cidades DF DF no BBB 23? Veja por onde andam os brasilienses que estiveram no reality
- Cidades DF Domingo (8/1) permanece nublado, mas semana pode ser mais quente
- Cidades DF Ibaneis Rocha manda exonerar o secretário de Segurança, Anderson Torres
10 ocorrências registradas até o momento
A PCDF divulgou o balanço de ocorrências registradas até o momento, em relação às manifestações na área central de Brasília. De acordo com o comunicado, os protestos estão sendo “marcados por atos de vandalismo e depredação do patrimônio público federal” e, por meio da 5ª Delegacia de Polícia, responsável por atos criminosos nessa área da Capital, foram registrados dez boletins de ocorrências, sendo nove deles “efetuados na sede da delegacia e um por meio on-line na Delegacia Eletrônica”.
Segundo o balanço, quatro flagrantes estão em andamento. Além desses, duas situações de lesão corporal estão em apuração, uma delas, inclusive, contra uma jornalista. Roubo a transeunte e porte de arma branca também fazem parte do total de dez ocorrências registradas.
Danos na vidraça do Ministério da Agricultura e possível “artefato explosivo” na Câmara dos Deputados também estão em apuração. Em relação ao explosivo, a PCDF afirmou que a Polícia Federal foi acionada para analisar a situação.
Críticas às forças policiais
Nas redes sociais, denúncias de possível negligência da Polícia Militar do DF surgiram após bolsonaristas invadirem prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Fotos e vídeos de policiais conversando com manifestantes, parados observando a invasão aos edifícios públicos e comprando água enquanto vândalos depredavam as dependências dos Três Poderes da República viralizaram no Twitter e Instagram.
Antes mesmos dos atos de vandalismos começarem, um vídeo de policiais militares escoltando bolsonaristas do QG do Exército de Brasília até a Esplanada dos Ministérios foi divulgado na internet. Nos vídeos publicados nas redes sociais é possível ver os manifestantes gritando em coro "Deus, pátria, família e liberdade" enquanto são acompanhados por viaturas da PM.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.