Feminicídio

"Esperamos por justiça", diz irmã de mulher morta por ex-companheiro

Um feminicídio ocorrido na segunda-feira (2/1), vitimou Miriam Nunes. A mulher foi sepultada na manhã desta quinta-feira (5/1), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga

Rafaela Martins
postado em 05/01/2023 14:18 / atualizado em 05/01/2023 14:29
 (crédito: crédito: Rafaela Martins/CB/D.A Press)
(crédito: crédito: Rafaela Martins/CB/D.A Press)

Com a voz embargada e lágrimas nos olhos, Márcia Alves, de 33 anos, enterrou Mirian Nunes na manhã desta quinta-feira (5/1), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. Assassinada brutalmente pelo ex-companheiro com um cinto, a jovem deixa um bebê de 1 mês e outros dois filhos.

“Espero por justiça. Que minha irmã não seja mais uma estatística ou um número. Que o criminoso pague pelo que fez, ele tirou a vida da minha irmã e deixou três crianças sem mãe. O que pedimos é isso”, declarou a familiar.

Em meio à dor, familiares e amigos da mulher se despediram, por volta das 12h. O Correio apurou que o pai da menina compareceu ao local do enterro, mas a mãe, que estava passando mal, não esteve presente.

O crime

O feminicídio ocorreu por volta das 21h30 de segunda-feira (2/1) e policiais militares foram acionados por volta das 21h30, na QNM 21, Conjunto L, em Ceilândia. Segundo informações repassadas por familiares, a vítima apresentava sinais de enforcamento supostamente causados por um cinto.

O principal suspeito é o marido da vítima, que está foragido. O casal tinha uma bebê de 1 mês. Neste momento, policiais militares patrulham a área em busca do agressor. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Ceilândia) investiga os fatos e pede ajuda da população para descobrir o paradeiro do acusado, que fugiu do local após cometer o crime.

A população pode fazer denúncias anônimas por meio dos canais on-line da PCDF, diretamente na sede da delegacia ou por meio do Disque-Denúncia (197). A ligação é gratuita e é garantido o sigilo absoluto da informação.

 

André Luiz: histórico de violência
André Luiz: histórico de violência (foto: PCDF)

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