A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4/1), a segunda fase de uma operação contra um grupo criminoso responsável pela empresa Grid Pneus, que enganou clientes cobrando preços abusivos e indicando serviços desnecessários nos veículos das vítimas.
Foram sete mandados de busca e apreensão cumpridos em estabelecimentos comerciais — no Lago Norte, Asa Norte, Taguatinga e Santa Maria, e outros quatro em residências ligadas ao grupo criminoso — de acordo com o delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf/PCDF), Wisllei Gustavo Mendes.
O delegado da Corf destacou que, atualmente, existem 86 vítimas feitas pelo grupo criminoso. "Os envolvidos podem ser condenados a mais de 20 anos de prisão, cada um", ressaltou Wisllei Mendes.
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Segundo as investigações, Daniela Rodrigues Dourado Aguirre de Faria, Krislian Layson de Oliveira, Maurício Lima da Silva e Valter Ferreira de Faria Júnior (marido de Daniela) estão foragidos. As imagens foram divulgadas pela PCDF, para que eles sejam reconhecidos e denunciados pela população, por meio do 197.
Ainda de acordo com as diligências, Daniela estaria utilizando uma identidade falsa. Outros três integrantes foram presos nessa terça-feira (3/1), segundo informações da Polícia Civil.
Entenda
Duas unidades da empresa Grid Pneus, nas Asas Sul e Norte, foram interditadas em 24 de maio de 2022, durante a primeira etapa da operação do Procon-DF e da PCDF. Segundo o delegado da Corf, nessa fase, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos. “Por meio do material, foi possível observar a prática de crimes, principalmente, contra idosos e mulheres. Além disso, os serviços indicados pelas lojas não eram necessários e os valores cobrados eram exorbitantes”, destacou.
Na época, um ex-funcionário do estabelecimento procurou a reportagem para denunciar os abusos. Segundo ele, mesmo se o carro fosse novo, sempre seria considerado como “destruído” após passar pelo orçamento. “Somos todos incentivados a vender, vender e vender em grupos do zap (whatsapp), e todos sabem que assim querem fazer com o cliente, que pague tudo que conseguir, arranca deles. Só falam em margem, margem de lucros”, desabafou.
O ex-funcionário também acusou, na época, os proprietários da Grid de administrarem outras lojas no DF e cometerem os mesmos crimes. Por fim, o homem disse que se arrependeu por ter, de certa forma, participado de certas situações na empresa.
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