1º de janeiro

Grupo de paulistas viaja 16 horas para ver posse de Lula em Brasília

Um grupo de amigos petistas vindo do interior de São Paulo desembarcou em Brasília de ônibus na madrugada deste domingo para acompanhar a posse de Lula

Pedro Marra
postado em 01/01/2023 05:45
Grupo de amigos petistas vindos do interior de São Paulo se abriga no Pavilhão do Parque da Cidade para ver posse de Lula -  (crédito: Pedro Marra/CB/D.A. Press)
Grupo de amigos petistas vindos do interior de São Paulo se abriga no Pavilhão do Parque da Cidade para ver posse de Lula - (crédito: Pedro Marra/CB/D.A. Press)

Com malas nas mãos, camisas e toalhas do Lula (PT) nas bagagens, um grupo de amigos petistas chegou, no início da madrugada deste domingo (1º/1), ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a poucas horas da posse presidencial. Paulistas de Cajamar, Várzea Paulista e Campinas, os militantes viajaram quase mil quilômetros de ônibus durante 16 horas.

  • Pavilhão do Parque da Cidade, um dos locais de Brasília como abrigo para petistas durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Entrada do Pavilhão do Parque da Cidade, um do locais de abrigo de petistas durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Entrada do Pavilhão do Parque da Cidade, um do locais de abrigo de petistas durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Credenciamento para abrigo no Pavilhão do Parque da Cidade durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Credenciamento para abrigo no Pavilhão do Parque da Cidade durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Credenciamento para abrigo no Pavilhão do Parque da Cidade durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Grupo de amigos petistas vindos do interior de São Paulo se abriga no Pavilhão do Parque da Cidade para ver posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Grupo de amigos petistas vindos do interior de São Paulo se abriga no Pavilhão do Parque da Cidade para ver posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
  • Pavilhão do Parque da Cidade, um dos locais de Brasília como abrigo para petistas durante posse de Lula Pedro Marra/CB/D.A. Press
 

No dia da viagem, na última sexta-feira (30/12), os organizadores do transporte cancelaram o ônibus de caravana por falta de documentação do veículo. Então, o grupo comprou as passagens por conta própria. "Mas é pela felicidade, porque é mudança da radicalização do mau para a esperança de uma sociedade um pouco mais igual, com mais diálogo, mais amor e menos armas. O Brasil merece paz", opina a pedagoga Dirce Ferreira da Silva, de 56 anos.

A petista lamenta os seis anos de sofrimento, como ela se refere ao governo de Michel Temer (maio de 2016 a dezembro de 2018) e de Jair Bolsonaro (de janeiro 2019 a dezembro 2022). “Foi um tempo ruim e de sofrimento para a população carente”, conclui a paulista.

Moradora de Cajamar, a engenheira civil Daiane Andrade, 41, brinca que conheceu os novos amigos no ônibus a caminho de Brasília. “A gente foi se agregando conforme passou a eleição. No município, fomos nos aliando ao pessoal da esquerda durante a eleição. Além da afinidade com as causas (políticas), criamos esse convívio social", conta.

Daiane reconhece que o início do governo Lula não será fácil, principalmente pela retomada econômica. "A gente sabe que os primeiros meses não vão ser fáceis para o corpo de ministérios, com um rombo muito grande. A questão é buscar investimento para trazer emprego e revisar as reformas porque as pessoas não têm um salário digno para poder planejar a vida. Fora o negacionismo e pedirem a volta da ditadura, que é um retrocesso tremendo", critica a moradora de Cajamar.

Desde a última quinta-feira (29/12), caravanas de todo o Brasil começaram a chegar a Brasília para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para alojar os militantes, o Governo do Distrito Federal disponibilizou o Pavilhão do Parque da Cidade, o Estádio Nacional Mané Garrincha, a Granja do Torto, além de 11 escolas públicas no Plano Piloto.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está dando apoio ao gabinete de transição na recepção das caravanas na entrada da cidade. Nos locais de alojamento, grupos de trabalho independentes e voluntários foram montados para prestar suporte aos militantes.

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