Com malas nas mãos, camisas e toalhas do Lula (PT) nas bagagens, um grupo de amigos petistas chegou, no início da madrugada deste domingo (1º/1), ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a poucas horas da posse presidencial. Paulistas de Cajamar, Várzea Paulista e Campinas, os militantes viajaram quase mil quilômetros de ônibus durante 16 horas.
No dia da viagem, na última sexta-feira (30/12), os organizadores do transporte cancelaram o ônibus de caravana por falta de documentação do veículo. Então, o grupo comprou as passagens por conta própria. "Mas é pela felicidade, porque é mudança da radicalização do mau para a esperança de uma sociedade um pouco mais igual, com mais diálogo, mais amor e menos armas. O Brasil merece paz", opina a pedagoga Dirce Ferreira da Silva, de 56 anos.
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A petista lamenta os seis anos de sofrimento, como ela se refere ao governo de Michel Temer (maio de 2016 a dezembro de 2018) e de Jair Bolsonaro (de janeiro 2019 a dezembro 2022). “Foi um tempo ruim e de sofrimento para a população carente”, conclui a paulista.
Moradora de Cajamar, a engenheira civil Daiane Andrade, 41, brinca que conheceu os novos amigos no ônibus a caminho de Brasília. “A gente foi se agregando conforme passou a eleição. No município, fomos nos aliando ao pessoal da esquerda durante a eleição. Além da afinidade com as causas (políticas), criamos esse convívio social", conta.
Daiane reconhece que o início do governo Lula não será fácil, principalmente pela retomada econômica. "A gente sabe que os primeiros meses não vão ser fáceis para o corpo de ministérios, com um rombo muito grande. A questão é buscar investimento para trazer emprego e revisar as reformas porque as pessoas não têm um salário digno para poder planejar a vida. Fora o negacionismo e pedirem a volta da ditadura, que é um retrocesso tremendo", critica a moradora de Cajamar.
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Desde a última quinta-feira (29/12), caravanas de todo o Brasil começaram a chegar a Brasília para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para alojar os militantes, o Governo do Distrito Federal disponibilizou o Pavilhão do Parque da Cidade, o Estádio Nacional Mané Garrincha, a Granja do Torto, além de 11 escolas públicas no Plano Piloto.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está dando apoio ao gabinete de transição na recepção das caravanas na entrada da cidade. Nos locais de alojamento, grupos de trabalho independentes e voluntários foram montados para prestar suporte aos militantes.
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