Com a chegada do réveillon, é comum a queima de fogos de artifício para celebrar a virada do ano. No entanto, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e animais domésticos e silvestres sofrem com os barulhos dos rojões. Por esse motivo, a Ordem dos Advogados do Brasil da Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) reforça a campanha “Diga não aos rojões e fogos de artifício com barulho!”.
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Promovida pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo e Comissão de defesa dos Direitos dos Animais da OAB/DF, a campanha busca conscientizar a população sobre as consequências maléficas da soltura de fogos de artifício, que causam grande estresse e até risco de morte para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e para animais domésticos e silvestres. No DF, a Lei nº 6.647 restringe o uso de fogos ou qualquer artefato pirotécnico barulhento, sendo permitido apenas aqueles com efeitos ou barulho de baixa intensidade.
Sensíveis aos sons, os animais acabam correndo riscos de atropelamentos ao tentarem fugir, enforcamentos em correntes, convulsões e até parada cardiorrespiratória. Já as pessoas com TEA têm uma hipersensibilidade aos ruídos, fazendo com que esses barulhos gerem uma sobrecarga para os sentidos, ao mesmo tempo ocasionando crises de ansiedade, pânico, e instabilidade emocional e comportamental.
Cuidados com os animais
Para evitar que acidentes ocorram, aqui vão algumas dicas para os tutores:
- Não deixar o animal preso a correntes, isso pode causar até enforcamento, como em muitos casos acontecem quando o bichinho se enrola na própria corrente ou tenta pular o muro;
- Não deixar o animal em ambientes com janelas abertas, mesmo tendo grades. O animal pode tentar pular e acabar caindo ou ficando preso na grade;
- Não deixar o animal sozinho e trancado durante os estrondos, isso só reforça o medo e a associação do barulho a algo ruim. Há também o risco de o animal passar mal sem ninguém para socorrê-lo;
- Jamais brigar com o animal, ele não tem culpa de sentir medo. Invés disso, oferecer carinho e petiscos para que ele associe o barulho a algo bom;
- Hoje em dia, há playlists musicais direcionadas aos animais e apropriadas para a audição aguçada deles, para amenizar esse momento de tensão. É recomendável que durante esses episódios, os tutores deixem o som mais em evidência para que camufle, o máximo possível, os sons de fora. Se não for possível, pelo menos deixar o som da tv mais alto para ele não se prender somente ao som da rua;
- Não deixar portas e janelas abertas que possibilitem acesso à rua. Muitos animais fogem e acabam se perdendo, sendo atropelados e ficando vulneráveis a todo tipo de perigo da rua;
- Em casos de acidente ou mal estar mais acentuado, levar o animal imediatamente ao veterinário;
- E sempre deixar seu animal com coleira e plaquinha de identificação contendo o nome do pet e o contato do tutor. Se mesmo com todos os cuidados ainda ocorrer uma fuga, a identificação poderá ser decisiva para que o tutor recupere o seu bichinho.
Com informações da OAB-DF
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