Após 17 dias, a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF identificaram 40 pessoas responsáveis por participar dos atos antidemocráticos ocorridos na noite de 12 de dezembro, no centro da capital federal. Durante coletiva de imprensa realizada na sede da PF — uma das instituições atacadas durante os atos — autoridades policiais comunicaram que, dos 40 participantes, quatro foram presos durante a operação Nero, iniciada nesta quinta-feira (29/12).
Além do DF, os suspeitos são procurados em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro. Eles podem ser condenados pela prática de outros atos criminosos como a depredação do prédio da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), quebra de vidraças, e incêndios em veículos particulares e transportes públicos.
De acordo com o diretor-geral da PCDF, Robson Candido, a operação é uma resposta do Estado. “Trabalhamos em conjunto. Hoje deflagrou-se essa operação, que é uma resposta do Estado a essas pessoas que estão fugindo dos seus limites de manifestação ideológica. A PF e a PCDF não irão se furtar das suas atribuições e dos compromissos de defesa da sociedade”, disse.
As investigações tiveram início após o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expedir 32 ordens judiciais. Presente na coletiva de imprensa, o coordenador geral de repressão a crimes fazendários, Cléo Matusiak Mazzotti, afirmou que a PF identificou indivíduos e individualizou condutas e questões em meio a um tumulto.
“Não é simples, não é fácil, mas foi realizado como prioridade. As buscas e apreensões estão sendo todas cumpridas, já obtivemos êxito na prisão de quatro indivíduos e as buscas continuam, que certamente serão alcançadas e entregues ao poder judiciário, em cima de atos criminosos que ocorreram em 12 de dezembro”, explicou Mazzotti.
Também estiveram presentes na coletiva de imprensa o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, o diretor-geral da PF, Márcio Nunes, o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado e o coordenador do Decor, delegado Leonardo de Castro.
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