Viajar no fim de ano requer cuidados com a segurança do lar. Os furtos em residências aumentaram 14,6% no Distrito Federal em 2022. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) busca sensibilizar a população quanto à importância do registro de ocorrências. Especialista ouvido pelo Correio dá dicas de como evitar roubos e furtos em casas.
Nos primeiros onze meses de 2021, foram registrados 4.095 ocorrências de furtos em residências. No mesmo período deste ano, os registros deste crime totalizaram 4.694. Felizmente, quando se trata de roubos em residências, houve queda de 26,2%. Foram 242 ocorrências entre janeiro e novembro deste ano, contra 328 registros para o mesmo período do ano passado.
De acordo com a SSP-DF, o registro do boletim de ocorrência é de extrema importância para subsidiar a elaboração de estudos e manchas criminais. Esse tipo de levantamento ajuda a polícia a identificar dias, horários e locais de maior incidência de cada crime. Além disso, os dados são utilizados também na elaboração de estratégias para policiamento ostensivo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e para identificação e desarticulação de possíveis grupos especializados por parte da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Surpresa desagradável
A servidora pública Francisclai Ferreira, 68 anos, contou à reportagem que, uns anos atrás, teve uma surpresa desagradável ao voltar para casa após um passeio. A residência, no Núcleo Bandeirante, tinha sido invadida e estava toda revirada. Ela utiliza alarme e cerca elétrica, mas, na ocasião, o sinal sonoro estava com defeito. Os bandidos aproveitaram a oportunidade e fizeram a festa. "Eles tiraram o portão da garagem do trilho, depois quebraram a fechadura da porta principal", descreveu. Segundo ela, os assaltantes não se preocupam muito com alarme, pois sabem que, mesmo depois de acionado, o proprietário do imóvel demora a chegar. "A residência do meu irmão foi assaltada duas vezes, com o alarme ligado. Eu fui avisada pela empresa de segurança, mas demorei 15 minutos para chegar. O alarme ainda estava disparado, e eles já tinham fugido", contou.
Após o ocorrido, Francisclai fortaleceu o sistema de segurança, hoje informatizado. No entanto, para conseguir sair para trabalhar e também viajar em paz, utiliza outros recursos menos rebuscados. "Reforcei o portão e, quando vou sair da cidade, deixo o carro na garagem para parecer que tem gente em casa e, ainda, peço uma vizinha para vigiar", enumera. Neste fim de ano, por exemplo, a servidora pública brasiliense está visitando uma sobrinha no Canadá, mas não se sente totalmente segura. "O jeito é rezar para não acontecer nada", finaliza.
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