Há mais de um mês, mulheres acolhidas em situação de violência doméstica resistem à desocupação da casa Ieda Santos Delgado, localizada no Guará 2. Em 11 de novembro, as coordenadoras foram notificadas pela Administração Regional do Guará para saírem do local imediatamente. Desde então, o grupo não deixou o prédio e teve o aval da Justiça para permanecer.
Nesta terça-feira (20/12), a administração entrou em contato novamente exigindo a desocupação do local e a retirada de todos os itens. De acordo com a regional, a saída tem que ocorrer em virtude da ocupação irregular e da grave situação estrutural da casa.
Por meio de nota, a instituição falou sobre o cenário atual. “A desocupação se dará em virtude de ocupação irregular de bem imóvel desta Administração Regional pelo Movimento, em que igualmente o referido imóvel se encontra em situação grave de estrutura. Porém, apesar dos esforços administrativos em favor das pessoas que se encontram dentro do imóvel, pela manutenção da permanência delas, a questão se judicializou. Saindo por fim, em sede de decisão liminar de 2º grau, para desocupação imediata dessas mulheres, prol primeiramente ao seu direito à vida diante do estado do imóvel”, diz o texto.
Além disso, a regional garante que as mulheres serão encaminhadas para outros locais seguros. “Diante do objetivo do movimento, essa administração pediu que elas apresentassem os dados das mulheres atendidas para que o GDF faça o encaminhamento sem prejuízo aos órgãos especializados na questão da violência doméstica”, ressaltou o comunicado.
História
A ocupação do movimento Olga Benário é a primeira no Centro-Oeste. O grupo já possui outros 12 espaços em diversas capitais brasileiras e, no Distrito Federal, escolheu a antiga Casa de Cultura do Guará para ser utilizada com o fim de atender e acolher mulheres em situação de risco.
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