Na tarde de quarta-feira (14/12), Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 38ª Delegacia de Polícia, de Vicente Pires, identificou a mulher que deu a luz em um banheiro público na última segunda-feira (12/12). Após análise das imagens obtidas no local dos fatos, os policiais conseguiram identificar e localizar uma mulher de 23 anos, moradora de Planaltina (DF). Ela e o namorado foram conduzidos à 38ª DP na data de ontem, onde foram ouvidos. A operação foi denominada pela PCDF de Aufgeben, que significa abandonar em alemão.
Confira vídeo de câmera de segurança que mostra mulher deixando o local onde deu à luz:
O namorado negou ser o pai da criança e disse que não sabia da gravidez da mulher pois "ela sempre foi gordinha". Em depoimento, o homem disse que estava trabalhando como entregador de mercadorias em veículo de aplicativo na companhia da namorada quando ela começou a sentir-se mal e pediu que ele parasse o carro em um bloco comercial às margens da EPTG. Ele disse que a mulher foi até o banheiro e, após alguns minutos, retornou ao veículo normalmente.
A mulher disse que, no momento em que foi ao banheiro, estava sentindo fortes cólicas. Ao sentar no vaso, ouviu o barulho de algo caindo na água e, quando se deu conta, era um bebê. Ela relatou não saber que estava grávida. Por medo da reação da família e do namorado — que, segundo ela, não era o pai —, enrolou a criança em um saco plástico e jogou na lixeira. À polícia, ela alegou estar arrependida e disse não estar conseguindo dormir.
Após a oitiva, a mulher foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para que fosse submetida a exames de constatação de parto recente e estado puerperal. Em seguida, foi conduzida ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense da PCDF (IPDNA) para coleta de material genético e posterior comparação com o recém nascido.
Por não ter sido feito um flagrante, a mulher permanecerá em liberdade durante a investigação e, caso comprovado que ela estava sob influência do estado puerperal, será indiciada por tentativa de infanticídio, com penas previstas de dois a seis anos de reclusão. Caso tenha praticado o crime sem a influência do estado puerperal, a mulher pode ser acusada de tentativa de homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão. Ambos os crimes são de competência do Tribunal do Júri.
Veja vídeo do momento em que a mulher é conduzida à delegacia:
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