O CB.Poder — parceria entre TV Brasília e Correio — desta segunda- feira (12/12) recebeu o ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB). Na conversa com a jornalista Denise Rothenburg, ele falou sobre a transição do governo Lula e das dificuldades orçamentárias para 2023. O político também abordou sobre semelhanças entre os cenários nacional e local, e o futuro de seu partido.
Um dos principais temas da conversa foi a diminuição das bancadas nacionais e locais do PSB. Segundo Rollemberg, internamente, serão debatidas, a partir do início de 2023, ações para lidar com esse cenário. Dois caminhos são possíveis — atrair parlamentares de outros partidos ou realizar a fusão com outra sigla. Para o político, preservar a identidade do Partido Socialista Brasileiro é um dos pontos importantes. Ele lembrou que se posicionou contra fusões, por esse motivo, em outras oportunidades que o PSB teve de se unir a outras siglas, como PV, PCdoB e PT. Hoje, o ex-governador vê o Partido Democrático Trabalhista, como possível opção. "Se a música for para uma fusão, deve ser com outro partido (que não seja grande). Hoje, vejo com mais possibilidade o PDT", ponderou.
Rollemberg também falou sobre o período em que foi governador. Para ele, foi uma gestão que deu base para o avanço da administração Ibaneis (MDB), o que adicionou capital político ao atual chefe do executivo local. “A seriedade com que administramos as contas públicas e a forma republicana com que governamos o Distrito Federal acabou contribuindo para o sucesso do primeiro governo Ibaneis. Ele encontrou dinheiro em caixa e o estado saneado. Assim, pôde fazer obras importantes para a cidade, algumas iniciadas em nosso governo”, disse.
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Orçamento apertado
Para Rollemberg, a experiência do presidente eleito Lula e do vice Geraldo Alckmin trará um tempo de “muita paz, trabalho, democracia e prosperidade”. Além da colaboração do senador Flávio Dino, que também é do PSB, como ministro da Justiça, ele acredita que o Partido Socialista Brasileiro ainda pode contribuir com a gestão petista no reforço de valores importantes para o novo governo. “Entendo que o PSB terá participação muito importante nesse momento desafiador que o país está vivendo, no sentido de aprofundar nossa democracia, diminuir as desigualdades sociais”, analisou.
O político avaliou que o país pode crescer economicamente, mesmo diante do déficit orçamentário previsto para 2023. “O país crescendo gera empregos, renda, riqueza, aumenta arrecadação e isso tudo contribui para possamos resolver nossos problemas”, comentou.
Para o ex-governador, a PEC da Transição, em tramitação no plenário na Câmara dos Deputados, pode auxiliar, nesse momento, porque permite o aumento do limite do teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos, podendo amparar também eixos sociais. “Isso vai ser muito importante para permitir que a área prioritária para o governo, que é o combate à pobreza, seja contemplada com sucesso nesses próximos dois anos", afirmou.
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