Crime

Suspeitos de desviar R$ 338 mil de contas bancárias são alvos de operação

A polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Águas Claras na manhã desta terça-feira (8/12)

Uma organização criminosa especializada em fraude em contas bancárias foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta quinta-feira (8/12). Segundo a investigação, o grupo roubou cerca de R$ 338 mil de várias vítimas na capital e em outros estados. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Águas Claras.

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Por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), a Operação Deep Fake chegou em três suspeitos de cometer os crimes. Os agentes apreenderam celulares, computadores e documentos diversos. De acordo com a polícia, os crimes tiveram início em abril deste ano.

Diretor da divisão de fraudes, Wilson Peres explica que os autores enviavam mensagens de texto para os correntistas relatando problemas nas contas bancárias ou necessidade de uma atualização de cadastro. “As mensagens continham um link que, ao acessar, as vítimas instalavam um programa no celular ou computador que permitia o acesso a conta bancária, a senha e a transferência de valores para as contas dos criminosos”, detalha o delegado.

Com o uso da tecnologia de inteligência artificial, os suspeitos alteravam os cadastros dos clientes de instituições bancárias e faziam as transações fraudulentas. A polícia estima que, somadas, a quadrilha desviou a quantia de R$ 338.244,34 das vítimas. Além disso, o grupo chegou a movimentar mais de R$ 8 milhões em atividades suspeitas.

Divulgação/PCDF - Organização criminosa especializada em fraude em contas bancárias foi alvo de uma operação Deep Fake da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta quinta-feira (8/12)
Divulgação/PCDF - Organização criminosa especializada em fraude em contas bancárias foi alvo de uma operação Deep Fake da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta quinta-feira (8/12)

A polícia aponta que os valores obtidos com as fraudes foram distribuídos para diversas empresas que atuam, principalmente, no ramo de alimentos e de distribuição de bebidas, sediadas no DF e em outros estados, indicando uma possível lavagem de dinheiro.

As investigações do caso continuam, devido a indícios de que o grupo cometeu os delitos contra mais vítimas. Se condenados, os criminosos poderão pegar mais de 20 anos de reclusão pelos crimes de associação criminosa, estelionato virtual e lavagem de dinheiro.

O termo Deep Fake, usado no nome da operação, se refere a uma modalidade de inteligência artificial utilizada para estabelecer algoritmos que são capazes de reconhecer padrões, tendo como base um banco de dados. Pode ser utilizado para substituir rostos em vídeos e imagens, podendo, inclusive, imitar a voz, produzir selfies em tempo real, fazendo que uma pessoa se passe por outra.

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