Após mais de três horas de paralisação, os rodoviários que trabalham nas linhas que circulam entre o Entorno do Distrito Federal e o Plano Piloto decidiram pôr fim ao movimento. Ao Correio, o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Entorno (SITTRINDE), Jadsom Ferreira Morais, disse que os coletivos voltaram a circular por volta das 18h30 desta quarta-feira (7/12).
De acordo com o representante do sindicato, as empresas prometeram quitar os valores devidos. “Após uma conversa, os empresários se comprometeram a resolver as questões dos pagamentos, além de abrir uma discussão sobre reajuste salarial, assim que a tarifa for revista”, informou Jadsom. Ainda segundo o presidente do SITTRINDE, a previsão é de que o pagamento ocorra até esta quinta-feira (8/12).
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Relembre
A paralisação teve início na tarde desta quarta-feira (7/12), quando motoristas e cobradores das linhas de ônibus que atendem o Entorno do Distrito Federal reclamaram que parte dos profissionais não recebeu salários, assim como a parcela referente ao 13º.
Por meio de nota, o sindicato da categoria classificou a situação como “lamentável” e, por conta da insatisfação dos funcionários com o descaso, decidiu realizar a paralisação “até que sejam adotadas as providências cabíveis para garantir os direitos trabalhistas”. Durante a paralisação, o presidente do SITTRINDE disse ao Correio que, além dos salários e do 13º, o ticket alimentação também não foi pago pelas empresas.
Situação grave
Também por meio de nota, em meio ao movimento dos rodoviários, a Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros (Anatrip) disse que é necessária a adoção de “medidas urgentes” para evitar o colapso do sistema do transporte Semiurbano no Entorno do Distrito Federal. “É inviável que as empresas continuem operando com uma tarifa tão defasada, tendo em vista o aumento dos insumos nos últimos meses, especialmente em razão do aumento desproporcional do diesel”, contesta o documento.
O Correio questionou a Anatrip sobre um possível acordo com os motoristas e cobradores afetados pela falta de pagamento. A associação respondeu à reportagem que as empresas estão entrando em colapso, por conta da ausência do reajuste tarifário e do repasse dos valores da PEC que, segundo ela, aconteceu para as empresas do urbano e não as do semi-urbano. “Isso agrava ainda mais a situação. Alguns empresários, inclusive, estão utilizando empréstimos, cheque especial e capital de giro, para tentar fazer um levantamento e resolver a questão do pagamento dos funcionários”, detalhou.
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