Os moradores do Distrito Federal podem contar com um novo medicamento fitoterápico na rede pública de saúde. A tintura de alecrim-pimenta já está disponível em oito das 25 unidades básicas de saúde (UBSs) da capital. Além da novidade, a rede conta com outros dez medicamentos, sendo dois chás, quatro tinturas, um xarope e quatro géis. A produção atingiu a marca de 16.919 exemplares de janeiro a novembro deste ano.
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A tintura de alecrim-pimenta é uma planta nativa do Nordeste que tem ação antisséptica, sendo eficaz para dores de garganta. Para a produção, foram necessários nove meses de estudo até a aprovação. Em outubro, o primeiro lote do medicamento, contendo 304 unidades, foi distribuído para as unidades de saúde.
Pioneiro no uso de fitoterápicos manipulados pela própria rede de saúde, o DF incorpora a fitoterapia no sistema público do DF desde 1989. Durante dez anos, apenas chás medicinais eram produzidos pelas farmácias vivas da capital, tendo mudado com o início da produção do xarope de guaco. Indicado para tosse e afecções respiratórias, o broncodilatador e expectorante é o campeão de prescrição entre os fitoterápicos. Só neste ano, foram manipulados mais de 11 mil frascos do medicamento.
A médica de família e comunidade Carmem De Simoni destaca que, entre os benefícios dos remédios naturais, os fitoterápicos costumam sobrecarregar menos o organismo do que os sintéticos. “Medicamentos à base de plantas medicinais tendem a ser menos agressivos ao corpo”, ressalta. “Mas é claro que o paciente precisa estar confortável em fazer uso da fitoterapia. É o que chamamos de manejo conjunto: médico e paciente tomam as decisões juntos”, pontua.
Produção fitoterápica
No DF, há duas farmácias vivas, sendo uma localizada no Riacho Fundo e outra em Planaltina. Nas duas unidades, as plantas medicinais são cultivadas, colhidas, preparadas, embaladas e distribuídas. Existem 14 espécies diferentes plantadas nos centros. Dessas, oito são usadas na produção dos fitoterápicos utilizados pela rede da Secretaria de Saúde (SES).
O farmacêutico Nilson Netto é chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo e entusiasta da fitoterapia. Ele avalia que, para dizer que uma planta é medicinal, são necessários estudos que comprovem a eficácia e a segurança. “Os fitoterápicos precisam ser encarados como os medicamentos que são. Eles têm dosagem certa e período definido para serem consumidos. E o uso inadequado é perigoso”, destaca.
Confira as unidades de saúde distribuidoras de fitoterápicos
- UBS 1 da Candangolândia
- UBS 1 da Estrutural
- UBS 1 do Guará I
- UBS 3 do Guará II
- UBS 1 do Núcleo Bandeirante
- Farmácia do Instituto de Saúde Mental do Riacho Fundo
- UBS 1 do Riacho Fundo
- UBS 1 do Riacho Fundo II
- UBS 3 do Riacho Fundo II
- UBS 1 do Lago Norte
- UBS 1 do Cruzeiro
- UBS 2 do Cruzeiro
- UBS 2 do Gama
- UBS 5 do Gama
- UBS 2 do Recanto das Emas
- UBS 4 do Recanto das Emas
- UBS 2 de Samambaia
- UBS 3 de Samambaia
- UBS 4 de Samambaia
- UBS 5 de Taguatinga
- UBS 8 de Taguatinga
- UBS 1 de Santa Maria
- UBS 1 de São Sebastião
- UBS 1 de Sobradinho II
- Centro de Práticas Integrativas de Planaltina.
Com informações da Agência Brasília
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