ENTREVISTA

Para Magela, não há problemas em deixar Bolsa Família nas mãos de Simone Tebet

Em entrevista ao CB.Poder, ex-deputado federal e integrante do GT de Cidades Geraldo Magela (PT) também afirmou que os militares serão tratados com respeito pelo governo eleito

Coordenador da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-deputado federal e integrante do GT de Cidades Geraldo Magela (PT) detalhou que, por ele, não há problemas em deixar a pasta que cuidará do Bolsa Família nas mãos da senadora Simone Tebet (MDB), apesar da ala petista estar reticente com isso — conforme noticiado pelo Blog da Denise. O petista também atesta que os militares no governo de Lula não serão um problema, e que assim como os mandatos anteriores do partido, os combatentes serão tratados com carinho. “O Lula, durante oito anos, e depois a Dilma, trataram os militares com respeito, e assim será. A recíproca será verdadeira”, disse.

Na conversa com a jornalista Denise Rothenburg ao CB. Poder — parceria do Correio com a TV Brasília —, confirmou que o grupo de transição aprovou a criação de uma secretaria, dentro do Ministério de Cidades — atual Ministério do Desenvolvimento Regional — voltado para comunidades periféricas.

“Nós pensamos que precisa ter uma política habitacional de habitações, mas precisa também ter uma secretaria que olhe para estas situações. Aqui em Brasília, nós temos o Santa Luzia, ali na Estrutural, que precisa de atenção, de melhorar as moradia, de colocar saneamento, de colocar mobilidade e essa secretaria no ministério vai olhar para estas regiões do país”, relata.

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Sem fatiamento

Apesar do número significativo no número de ministérios — estimado em 35 ou 36 pastas —, Magelo crê que não haverá fatiamento de pastas para aliados no governo do petista. O ex-deputado federal reforçou que o presidente eleito, por várias vezes, reforçou que não haverá ministério de “porteira fechada”, e que o PT não defende que ministérios tenham donos. “Quem estiver na cabeça do ministério terá que ter secretarias de outros partidos. É assim que nós vamos fazer. Governo de coalizão, governo de composição tem que ser plural. E é isso que vai ser”, disse, à jornalista.

“Nós não queremos que isso exista, nem com o PT. Onde o PT estiver a cabeça (do ministério), tem de conceder para outros partidos. Como nós queremos que quando a cabeça for de outro partido, o PT possa participar. Nós não queremos e não vamos defender que ministérios tenham dono”, completou.

*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti

 

Assista o CB.Poder na íntegra

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