O bar e cafeteria Objeto Encontrado, na quadra 102 da Asa Norte, realizou, na noite deste sábado (3/12), um protesto em repúdio ao vandalismo sofrido com urina e fezes no estabelecimento. O evento reuniu aproximadamente 300 pessoas, donos de bares e ativistas sociais que entoaram gritos com pedido de respeito.
Para o proprietário do bar, Lucas Hamu, 33 anos, o caso não envolve agressão física ou verbal, mas é preocupante. "Ao mesmo tempo, acho que a gente tem que olhar muito para o contexto do que foi feito, pois estamos falando de uma agressão de vandalismo com um simbolismo de intimidação para nos amedrontar", opina.
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Intimidação
O dono do espaço lembra que, em 27 de novembro, as câmeras de segurança do bar registaram um homem de camisa rosa fazendo xixi na entrada do bar, às 2h29, quando o local estava fechado. "É uma política do Bolsonaro durante esses quatro anos de conflito, violência e ódio", conclui Lucas. Um vaso de plantas do bar também foi quebrado.
A manifestação reúne DJ, políticos como o deputado distrital eleito Max Maciel (PSol), a deputada federal Eryka Kokay (PT) e ativistas sociais. O grafiteiro Pedro Sangeon, 42, conhecido como Gurulino, vai fazer um desenho no local que representa a união de pessoas que concordam com ideais progressistas defendidos pelo bar.
"É um grafite dedicado a criar união entre as pessoas que pensam parecido. Então, a ideia do mural é criar uma espécie de patuá de proteção para a gente poder lembrar que a nossa principal arma é a forma de a gente pensar a nossa união", comenta o artista.
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Gurulino cita que há duas formas de se trabalhar o uso simbólico da arte por meio das coisas e a metáfora com os acontecimentos. "Pessoas desse tipo que fazem isso também estão usando o simbólico, mas usam de uma forma covarde, porém não conseguem fazer abertamente como a gente faz. Então, usam um ato simbólico para se esconder", analisa o grafiteiro.
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