Os atos terroristas e as manifestações antidemocráticas ocorridas no Distrito Federal levaram a Câmara Legislativa do Distrito Federal a reforçar o policiamento no dia da posse do governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB) e dos 24 deputados distritais. O Correio apurou que a polícia legislativa deve pedir o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil para garantir a ordem durante a cerimônia em 1º de janeiro.
De acordo com a programação, os parlamentares diplomados para o legislativo local tomam posse às 9h. Às 10h30, será a vez de Ibaneis Rocha. Só terá acesso ao prédio da Câmara Legislativa os convidados dos eleitos ou quem tem credenciais. Por questões estratégicas de segurança, a assessoria que cuida da cerimônia não divulgou o número de pessoas autorizadas a participar das festividades da posse.
No auditório e no plenário da Casa cabem cerca de 800 pessoas, sendo 300 delas no plenário. Parte do público ficará no saguão, onde serão instalados televisores com transmissão ao vivo da posse. Para entrar nas dependências do prédio, todos, sem exceção, passarão por revista e pelo detector de metais.
No início da tarde de ontem, começaram a chegar os caminhões com as grades que serão usadas para isolar o prédio. As forças de segurança ainda não divulgaram como ficará o trânsito no Eixo Monumental e nas outras vias de acesso à CLDF. A definição deve ocorrer nos próximos dias.
Secretário de volta
Em meio à força-tarefa para garantir que o centro da capital do país não seja novamente alvo de ataques antidemocráticos, o governador do DF, Ibaneis Rocha, confirmou ao Correio que o atual ministro da Justiça, Anderson Torres, reassumirá a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). O atual titular da pasta, Júlio Danilo, seguirá no cargo até início de janeiro, quando retornará ao posto de delegado da Polícia Federal. Conforme a reportagem apurou, o delegado Wenderson Souza e Teles permanecerá como secretário de Administração Penitenciária (Seape).
Anderson Torres chefiou a SSP-DF de novembro de 2018 a março de 2021, quando saiu para assumir o Ministério da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas em outubro. Delegado da Polícia Federal, chegou a ser cotado para o comando do órgão antes de ser ministro, mas não se concretizou. Para o governador, o retorno de Torres para chefiar a pasta de Segurança Pública da capital se deve ao "excelente trabalho desenvolvido durante a sua gestão". O nome, entretanto, foi alvo de muitas queixas por parte da oposição, especialmente após os ataques violentos ocorridos no dia 12.
O delegado Wenderson Souza e Teles, ex-chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), foi confirmado ontem pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Teles assumiu a secretaria em dezembro do ano passado, após a exoneração do delegado aposentado Geraldo Luiz Nugoli Costa, alvo da Operação Maré Alta.
Primeiro escalão
O Correio também confirmou, ontem, a recondução de três nomes às suas respectivas pastas a partir de 1º de janeiro: Ana Paula Marra (Secretaria de Desenvolvimento Social), Fernando Leite (Novacap) e Izidio Santos (Terracap).
Nas últimas semanas, o governador Ibaneis Rocha tem anunciado, aos poucos, os titulares das secretarias, empresas e administrações regionais do GDF. Na lista, há nomes que permanecerão nas atuais funções e outros que assumirão os cargos apenas em 1º de janeiro. O atual vice-governador, Paco Britto, por exemplo, entregará a cadeira para a vice-governadora diplomada, Celina Leão, e ocupará a Secretaria de Relações Internacionais. A expectativa é que, até o dia da posse na CLDF, todo o primeiro escalão esteja completo.
Saiba Mais
*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti
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