Uma das fases mais difíceis para os microempreendedores do Distrito Federal, a pandemia causada pelo novo coronavírus resultou no fechamento de centenas de comércios e em um alto número de desempregados. Durante o Correio Talks desta segunda-feira (19/12), o consultor André Wehbe, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF) deu dicas práticas aos empresários sobre como manter o negócio e brilhar no meio profissional.
Na avaliação do consultor, os três pilares para o sucesso do empresário consistem no conhecimento, na aplicação de ferramentas e em atitudes. "Você compra um livro, vai em uma palestra e faz um curso. Atitudes são coisas pessoais. Em geral, o defeito é comportamental e pesa muito mais do que o conhecimento e as ferramentas", explicou.
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Conhecer o perfil do seu público e identificar os pontos fortes e fracos está entre os principais aspectos para alavancar o empreendimento. "É muito difícil alguém que tenha se deparado com a vida empresarial e tenha se preparado com o Sebrae desistir. O que leva a pessoa a desistir é não buscar o autoconhecimento", apontou o profissional.
Tecnologia
Inovação e tecnologia, na avaliação dos especialistas, foi o que impediu o fechamento de mais empresas. Segundo André, a pandemia foi um choque para os microempreendedores e pequenas empresas, que precisaram se reinventar no meio caótico. "Tudo passou a ser on-line, de uma forma muito mais rápida, que exigiu adaptação", avaliou o consultor.
No período de crise sanitária, os microempreendedores tiveram a oportunidade de ter um total de 650 mil horas de consultorias gratuitas, como forma de capacitação, que abordaram desde o diagnóstico até o marketing. "Quando começamos as consultorias on-line, poucos tinham a estrutura para fazer, mas rapidamente todos se adaptaram, até porque vender era necessário", destacou.
A migração para atendimentos on-line facilitou para o cliente e resultou em ganhos financeiros para as empresas. O superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, afirmou que o hábito de consumo na pandemia mudou e foi reformulado pela agilidade, mas sem perder a conectividade com o cliente.
Com duas unidades de Barbearia no DF, o empreendedor Jony Rebouças não desistiu do sonho com a pandemia do coronavírus e, mesmo em meio às dificuldades, conseguiu se reinventar. "Eu pensei 'o que eu faço?', porque só sabia cortar cabelo e meu serviço é presencial. Como eu faria para pagar aluguel e funcionários. Foi desesperador", recordou.
O empresário buscou a consultoria do Sebrae para conseguir manter o negócio de pé. "Com a ajuda do Sebrae, me perguntaram se eu não tinha produtos e outros serviços que a pessoa pudesse fazer em casa, seguindo instruções. Comecei a vender os produtos e a explicar para os clientes pelo celular", comentou Jony.
Segundo o empreendedor, foi necessário apelar para os sentimentos dos clientes, além de manter o contato com eles. "O empresário sempre pensa que vai melhorar, que vai dar certo, e leva todo mundo nesse sonho", destacou o empresário, que abriu a segunda unidade de barbearia em meio a pandemia. Jony ressaltou que os novos empreendedores precisam entender como é o mercado e qual é o público que se pretende atingir.
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