Começa, nesta quinta-feira (15/12), o julgamento de Wilian Peres Rodrigues, conhecido como Wilinha e apontado como o chefe da maior facção criminosa de Brasília, o Comboio do Cão (CDC). O criminoso está detido no Complexo Penitenciário da Papuda desde abril de 2021, após ser preso pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF (Draco), em Paranhos (MS), na divisa com o Paraguai.
O julgamento começou às 9h, no Tribunal do Júri do Riacho Fundo, e contou com um forte aparato das forças de segurança, incluindo a escolta de policiais penais da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) e militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Além de Wilinha, o comparsa, apelidado como Raçudinho, também passa pelo júri. Wilinha será julgado por uma tentativa de homicídio.
Na terça-feira (13/12), Wilian passou pelo júri e recebeu uma pena de 9 anos, 9 meses e 22 dias pelo crime de organização criminosa. "Além de integrar e liderar organização criminosa, cujas características principais são o alto poder de armas, a eliminação de testemunhas e inimigos, bem como a atemorização da comunidade em que está inserida, a longa série de crimes em que o acusado está envolvido, o habitual uso de identidades falsas e as provas colhidas nos autos evidenciam que, em liberdade, o condenado não hesita em praticar novos crimes, o que impõe a manutenção da prisão em garantia da ordem pública", frisou o juiz Atalá Correia.
Wilinha foi preso numa megaoperação desencadeada pela PCDF. Foragido desde 2019, o líder da facção passou por algumas unidades da Federação até se estabelecer na fronteira entre Brasil e Paraguai, de onde supostamente enviava drogas e armas e drogas para criminosos do DF.
Na data da prisão, em 30 de abril do ano passado, os policiais encontraram na casa de Wilinha uma pistola calibre 9mm, com carregador estendido e grande quantidade de munições. Após a prisão, o criminoso foi conduzido à cidade de Dourados (MS) e transportado para Brasília pela aeronave da Divisão de Operações Aéreas (DOA).
Comboio do Cão
Formada há mais de 10 anos a partir da disputa de gangues, a maior facção do Distrito Federal, o Comboio do Cão, age com requintes de crueldade e tenta se instalar na capital, mas sofre seguidos reveses da polícia e do Ministério Público do DF. Suspeita-se que os faccionados tenham assassinado mais de 30 pessoas nos últimos anos.
Segundo a PCDF, o Comboio do Cão atua em toda a capital, no tráfico de drogas e de armas, homicídios, lavagem de dinheiro e outros crimes. Uma característica do grupo é a violência, a forma como os rivais são executados, fazendo uso de pistolas de grosso calibre e última geração, com acessórios que aumentam o poder do fogo, como o “kit rajada” e carregadores estendidos, informou a corporação.
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