Tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, depredações em prédios, veículos e ônibus incendiados, além de muita confusão no coração da capital federal. Este foi o saldo da ação de extremistas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), na segunda-feira, após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os responsáveis por causar o cenário de destruição na área central de Brasília, agora estão sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). As investigações para identificar e punir os baderneiros estão à cargo do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), que instaurou um inquérito para apurar a ação dos criminosos.
De acordo com Diretor do Decor, Leonardo de Castro, as investigações foram iniciadas ainda na segunda-feira. "A polícia colhe depoimentos de testemunhas, analisa imagens das câmeras de segurança, além de outras diligências. Tudo no sentido de que as pessoas envolvidas no vandalismo sejam identificadas e responsabilizadas", afirma o policial.
Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso.
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Crime
Os atos de vandalismo começaram ao lado da sede da Polícia Federal (PF), na Asa Norte, onde um grupo tentou invadi-la após a prisão do cacique Serere Xavante, apoiador do presidente Bolsonaro. Após o encarceramento do indígena, o que se viu foi o caos.
Os manifestantes extremistas avançaram pelas ruas do Centro de Brasília destruindo tudo que viam pela frente. No total oito carros — sete destes totalmente consumidos pelas chamas — e cinco ônibus foram incendiados. Prédios também foram depredados e a população teve dificuldades para retornar para suas casas por conta dos baderneiros.
O pedido de prisão de Serere foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cacique fez parte do grupo de indígenas que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília no último dia 2 de dezembro.
Na terça-feira, a Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) oficiou o Comando-Geral da Polícia Militar do DF (PMDF). O documento exige informações sobre a atuação da corporação no enfrentamento aos atos de violência.
Os promotores querem saber o efetivo designado para atender os locais em que ocorreram as manifestações antidemocráticas e solicitou informações sobre as medidas utilizadas para o enfrentamento à situação, dados da operação, o relatório das ocorrências, entre outras informações.
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