atos violentos

OAB repudia atos e cobra punição: "Nada justifica o cenário de guerra"

Bolsonaristas aterrorizam o Distrito Federal na noite desta segunda-feira. Manifestantes destruíram carros e ônibus e tentaram invadir sede da Polícia Federal

Luana Patriolino
postado em 12/12/2022 23:52
 (crédito:  EVARISTO SA / AFP)
(crédito: EVARISTO SA / AFP)

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou, na noite desta segunda-feira (12/12), as manifestações violentas de bolsonaristas na capital. Em nota oficial, a entidade citou os atos de depredação dos extremistas e cobrou uma punição aos responsáveis. O documento também é assinado pela seccional do Distrito Federal (OAB/DF).

“É preciso prender os responsáveis e agir firmemente para a efetiva punição de todos na forma da lei. Tais atos atentam contra a democracia e representam inaceitável escalada de violência. Nada, absolutamente nada, justifica o cenário de guerra que se está a ver”, ressalta o documento da OAB.

“Assim, o Conselho Federal e a OAB/DF colocam-se à disposição da sociedade e cobram das autoridades competentes medidas enérgicas, manifestando-se nesta nota e prestando solidariedade às vítimas dessas agressões”, finaliza o posicionamento.

  • Um veículo pega fogo após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Um veículo pega fogo após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Ônibus pega fogo após confronto entre tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestam contra a prisão de líder indígena em confronto com a tropa de choque em Brasília em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Ônibus pega fogo após confronto entre tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Veículo pega fogo em posto de gasolina após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Veículo pega fogo em posto de gasolina após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Um veículo pega fogo próximo a um posto de gasolina após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Veículo pega fogo em posto de gasolina após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP
  • Veículo pega fogo em posto de gasolina após confrontos entre a tropa de choque e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão de uma liderança indígena em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. EVARISTO SA / AFP

A confusão começou na noite desta segunda-feira, ao lado da sede da Polícia Federal (PF), na Asa Norte. Depois foram verificados mais confrontos em outros pontos da capital. Os bolsonaristas contestam a prisão do cacique Serere Xavante, apoiador de Bolsonaro, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O cacique faz parte do grupo de indígenas que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília no último dia 2 de dezembro. Os manifestantes tentaram invadir a sede da PF para tentar libertá-lo.

Outros vídeos também mostram a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) depredada pelos bolsonaristas. Em material cedido ao Correio, é possível ver a porta da DP destruída e um ônibus pegando fogo em frente ao local. O veículo está totalmente carbonizado. Até o momento, não foi efetuada nenhuma prisão pelos atos.

Confira a nota na íntegra

O Conselho Federal e a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) repudiam, veementemente, os atos de vandalismo, de depredação de carros e de ônibus, a tentativa de invasão de prédio público da Polícia Federal, de shopping center e a ameaça à segurança dos cidadãos na zona central da capital da República.

É preciso prender os responsáveis e agir firmemente para a efetiva punição de todos na forma da lei.

Tais atos atentam contra a democracia e representam inaceitável escalada de violência. Nada, absolutamente nada, justifica o cenário de guerra que se está a ver.

Assim, o Conselho Federal e a OAB/DF colocam-se à disposição da sociedade e cobram das autoridades competentes medidas enérgicas, manifestando-se nesta nota e prestando solidariedade às vítimas dessas agressões!

José Alberto Simonetti
Presidente do Conselho Federal da OAB

Delio Lins e Silva Júnior
Presidente da OAB/DF

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação