CB.Poder

Rodrigo Rollemberg, do PSB, cogita fusão do partido com o PDT

Na entrevista à jornalista Denise Rothenburg, Rollemberg também falou sobre a transição para o governo Lula e das dificuldades orçamentárias para 2023

Carlos Silva*
postado em 12/12/2022 17:51 / atualizado em 12/12/2022 19:25
 (crédito:  TV Brasilia/Divulgação)
(crédito: TV Brasilia/Divulgação)

O CB.Poder — parceria entre TV Brasília e Correio — desta segunda- feira (12/12) recebeu o ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB). Na conversa com a jornalista Denise Rothenburg, ele falou sobre a transição do governo Lula e das dificuldades orçamentárias para 2023. O político também abordou sobre semelhanças entre os cenários nacional e local, e o futuro de seu partido.

Um dos principais temas da conversa foi a diminuição das bancadas nacionais e locais do PSB. Segundo Rollemberg, internamente, serão debatidas, a partir do início de 2023, ações para lidar com esse cenário. Dois caminhos são possíveis — atrair parlamentares de outros partidos ou realizar a fusão com outra sigla. Para o político, preservar a identidade do Partido Socialista Brasileiro é um dos pontos importantes. Ele lembrou que se posicionou contra fusões, por esse motivo, em outras oportunidades que o PSB teve de se unir a outras siglas, como PV, PCdoB e PT. Hoje, o ex-governador vê o Partido Democrático Trabalhista, como possível opção. "Se a música for para uma fusão, deve ser com outro partido (que não seja grande). Hoje, vejo com mais possibilidade o PDT", ponderou.

Rollemberg também falou sobre o período em que foi governador. Para ele, foi uma gestão que deu base para o avanço da administração Ibaneis (MDB), o que adicionou capital político ao atual chefe do executivo local. “A seriedade com que administramos as contas públicas e a forma republicana com que governamos o Distrito Federal acabou contribuindo para o sucesso do primeiro governo Ibaneis. Ele encontrou dinheiro em caixa e o estado saneado. Assim, pôde fazer obras importantes para a cidade, algumas iniciadas em nosso governo”, disse.

Orçamento apertado

Para Rollemberg, a experiência do presidente eleito Lula e do vice Geraldo Alckmin trará um tempo de “muita paz, trabalho, democracia e prosperidade”. Além da colaboração do senador Flávio Dino, que também é do PSB, como ministro da Justiça, ele acredita que o Partido Socialista Brasileiro ainda pode contribuir com a gestão petista no reforço de valores importantes para o novo governo. “Entendo que o PSB terá participação muito importante nesse momento desafiador que o país está vivendo, no sentido de aprofundar nossa democracia, diminuir as desigualdades sociais”, analisou.

O político avaliou que o país pode crescer economicamente, mesmo diante do déficit orçamentário previsto para 2023. “O país crescendo gera empregos, renda, riqueza, aumenta arrecadação e isso tudo contribui para possamos resolver nossos problemas”, comentou.

Para o ex-governador, a PEC da Transição, em tramitação no plenário na Câmara dos Deputados, pode auxiliar, nesse momento, porque permite o aumento do limite do teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos, podendo amparar também eixos sociais. “Isso vai ser muito importante para permitir que a área prioritária para o governo, que é o combate à pobreza, seja contemplada com sucesso nesses próximos dois anos", afirmou.

Confira o CB.Poder na íntegra:

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação