Sob emoção e revolta, os corpos das três vítimas que morreram eletrocutadas na sexta-feira (9/12) na QNP 24, em Ceilândia, foram velados e sepultados na tarde deste domingo (11/12), no Cemitério Campo da Esperança de Planaltina. Por serem da mesma família, os velórios de Karina Madureira da Silva, 17 anos, Kelvin Michel Madureira de Andrade, 14, e Sophia Emanuelly Batista Madureira, 5, foram realizados na mesma capela. Por volta de 16h30, os corpos foram sepultados.
Familiares e amigos presentes estavam revoltados com o acontecido. "A gente quer justiça. Vamos processar a empresa", disse o auxiliar de serviços gerais Rafael Madureira, 42 anos, irmão de Kelvin. "Meu irmão sonhava em ser policial", completou. Kelvin era o caçula de nove irmãos e, segundo familiares, era estudioso e gostava de frequentar a igreja. "Era um menino exemplar. Não gostava de festas e gostava de ir à igreja. A Karina era uma adolescente extrovertida", contou Michely Madureira, também irmã de Kelvin.
Segundo relatos da família, Kelvin tinha acabado de concluir o último ano do ensino fundamental e a formatura seria nesse sábado (10/12). O Centro de Ensino Fundamental 14 de Ceilândia, onde Kelvin estudava, lamentou o ocorrido em nota divulgada nas redes sociais: "O CEF14, por meio da direção, professores, demais servidores e estudantes, lamenta esta perda e deseja que os familiares, amigos e colegas sejam confortados neste momento. Sem dúvida, o Kelvin deixará uma grande saudade em nossos corações".
A Neoenergia disse, em nota, que disponibilizou profissionais de assistência social e psicológica, que estão em contato direto com os familiares prestando suporte em todas as etapas do luto vivido, incluindo a cobertura completa das despesas funerárias e de logística. Porém, familiares de Kelvin confirmaram que a companhia arcou com as despesas referentes ao funeral, mas afirmaram que não estão recebendo assistência psicológica.
O caso
A tragédia aconteceu sexta-feira (9/12), à noite, na QNP 24, em Ceilândia, quando um fio de alta tensão despencou, levando Karina, Kelvin e Sophia a sofrerem uma descarga elétrica e perderem a vida. Os moradores da quadra alegam que, há seis meses, haviam pedido a substituição do fio à Neoenergia, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Distrito Federal. Segundo eles, o fio estava quase se rompendo e soltava faíscas constantemente. Em vez de trocá-lo, a empresa teria feito um reparo. A companhia efetuou a substituição do fio na manhã desse sábado (10/12), na manhã seguinte à tragédia.
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