O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPE-DF) publicou a atualização do Índice de Bem-Estar Urbano para o Distrito Federal (IBEU-DF). De acordo com a pesquisa, que avalia as condições de bem-estar oferecidas aos cidadãos residentes no território urbano do Distrito Federal, a região do SCIA, na Estrutural, teve destaque como uma das melhores variações positivas, desde o último resultado, divulgado pela primeira vez em 2020. Em seguida, vem as cidades de Santa Maria e Samambaia, com aumento da percepção de bem-estar urbano de 26% e 25%, respectivamente.
A atualização do índice — que é uma adaptação do desenvolvido no âmbito do Observatório das Metrópoles — foi elaborada a partir dos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2021. A escala dos índices vai de 0 a 1 e possui cinco classificações que vão desde “muito bom” até “muito ruim”. Dentre as regiões analisadas, a Estrutural teve uma variação positiva de 43%. As variações negativas foram observadas em São Sebastião (-36%), Brazlândia (-13%) e Park Way (-4%).
Ao fornecer dados referenciados e localizados sobre aspectos relevantes do território do Distrito Federal, o IBEU-DF se caracteriza como uma importante ferramenta para o planejamento e implementação de políticas públicas adequadas nas cinco dimensões contempladas e outras questões intersetoriais, visando a melhor disponibilidade dos recursos que promovem o bem-estar urbano.
Na mensuração do índice, “bem-estar” está vinculado a um conjunto de condições de vida que uma região deve proporcionar às pessoas, incluindo tanto bens e serviços disponibilizados pelo Estado quanto acessados pelo consumo via mercado, considerando que, apesar de ser experimentado individualmente, a concepção de bem-estar está centrada nos aspectos coletivos.
Resultados
Composto por dimensões que abordam aspectos como mobilidade, infraestrutura, serviços coletivos e condições ambientais e habitacionais, o IBEU-DF 2022 inova ao integrar as recentes regiões administrativas (RAs) do DF: Sol Nascente/Pôr do Sol e Arniqueira. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (5/12), coloca Lago Sul (0,96), Sudoeste/Octogonal (0,96), Águas Claras (0,95), Plano Piloto (0,95) e Cruzeiro (0,93) como as cidades que possuem os maiores índices de bem-estar urbano do DF, enquanto SCIA/Estrutural (0,37), Sol Nascente/Pôr do Sol (0,44), Fercal (0,46) e São Sebastião (0,47), os menores.
Na dimensão Mobilidade, as RAs com os melhores índices são Sudoeste/Octogonal (1,00), SIA (0,98) e Plano Piloto (0,98). Por outro lado, Brazlândia (0,00), Sol Nascente/Pôr do Sol (0,31) e Planaltina (0,38) apresentaram as piores classificações.
Na dimensão Condições Ambientais, Sudoeste/Octogonal (0,99), Lago Sul (0,95) e Plano Piloto (0,94) lideram positivamente, enquanto SCIA/Estrutural (0,01), Sol Nascente/Pôr do Sol (0,43) e Itapoã (0,46) figuram negativamente.
Na dimensão Condições Habitacionais Urbanas, duas RAs apresentaram bem-estar urbano “muito ruim”: SCIA/Estrutural (0,34) e Sol Nascente/Pôr do Sol (0,45), enquanto nove regiões foram classificadas como “ruim”: São Sebastião, Arniqueira, Varjão, Fercal, Planaltina, Itapoã, SIA, Recanto das Emas e Paranoá. Vale ressaltar que o SIA apresenta baixo percentual de habitações para fins de moradia.
Em contrapartida, Lago Norte (0,94), Lago Sul (0,94), Águas Claras (0,93) e Sudoeste/Octogonal (0,93) apresentaram o melhor desempenho na dimensão Condições Habitacionais Urbanas, com bem-estar urbano “muito bom”.
Na dimensão Serviços Coletivos Urbanos, Fercal (0,32), São Sebastião (0,39) e SCIA/Estrutural (0,42) são as regiões que figuram na categoria “muito ruim”, enquanto Arniqueira e Vicente Pires estão classificadas como “ruim”. Na outra ponta, Lago Norte (0,88), Sobradinho II (0,86) e Paranoá (0,81) são as RAs presentes na categoria “bom”.
Na dimensão Infraestrutura urbana, os melhores índices são os de Águas Claras (1,00), Lago Sul (0,99), Plano Piloto (0,93) e Cruzeiro (0,92), enquanto Fercal (0,13), SCIA/Estrutural (0,23), Sol Nascente/Pôr do Sol (0,28) e São Sebastião (0,31) apresentam os piores resultados. Uma observação relevante é a de que o bem-estar urbano nesta dimensão foi classificado como “médio” em 13 RAs.
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