Condenação

Pai e filhos que decapitaram e esfaquearam jovem 125 vezes são condenados

Dado como desaparecido, o corpo de Mateus dos Santos foi encontrado decapitado próximo à Ponte Maranata, a 200 metros de Águas Lindas (GO)

Réus por cometer um homicídio macabro na região de Brazlândia em maio do ano passado, pai e dois filhos foram condenados pela Justiça do DF durante júri popular. O julgamento começou às 9h e terminou no fim da tarde, no Tribunal do Júri de Brazlândia. Gleidson Monteiro, 41 anos, Glaydston Adriano, 21, e Gleidson Monteiro da Silva Júnior, 18, respondem pelo assassinato do jovem Mateus dos Santos Sousa, 19, sequestrado, esfaqueado e decapitado em um córrego.

O crime ocorreu em 13 de maio e chocou os moradores da região, conforme foi revelado pelo Correio em primeira mão. Dado como desaparecido, o corpo de Mateus foi encontrado decapitado próximo à Ponte Maranata, a 200 metros de Águas Lindas (GO). As investigações conduzidas pela 18ª Delegacia de Polícia (18ªDPDF - Brazlândia) revelaram que o homicídio teria sido motivado por vingança, após a vítima, quando tinha 17 anos, discutir em um bar com Júnior, desferir tapas e efetuar disparos de arma de fogo contra o hoje criminoso.

Após ficar internado por quase dois anos, Gleidson Júnior, o irmão e o pai se juntaram e decidiram se vingar de Mateus. No dia do crime, o jovem estava em um bar, na região de Padre Lúcio (GO), quando foi esfaqueado e colocado dentro do porta-malas de um carro pelos criminosos. O trio levou a vítima até uma ponte ainda com vida e, lá, o decapitaram, jogaram o corpo no córrego, furtaram o celular e fugiram. Segundo conta na denúncia do Ministério Público, foram ao menos 125 facadas desferidas pelo grupo contra o assassinado.

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Prisão e condenação

Depois de quase dois meses, os investigadores da 18ª DPDF, sob a coordenação do delegado Mozeli Silva, descobriram o paradeiro dos três suspeitos. Pai e filhos foram capturados no município de São Raimundo Nonato, no Piauí, distante mais de 1.000km de distância do local do julgamento, e alugaram uma casa na região para se esconderem. A residência onde os três estavam ficando é localizada em uma área extremamente perigosa, comandada por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Nesta quarta-feira (23/11), a Justiça condenou Gleidson Monteiro, o pai, a 18 anos de prisão. O filho do meio, Glaydston Adriano, recebeu uma pena de 16 anos, e o caçula, foi condenado a 21 anos. Ao Correio, os familiares da vítima disseram que a Promotoria irá recorrer para que a pena seja maior. “Estamos inconformados com a sentença por ser um crime tão bárbaro. Vai ali, mata uma pessoa e pega pena mínima? E como a gente fica aqui fora? Daqui alguns dias, eles estão na rua, e nossa liberdade fica onde?”, lamentou uma parente de Mateus.

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