Feminicídio

Testemunhas viram assassino levando areia para enterrar corpo de ex em Goiás

Jéssica Oliveira de Sales, 31 anos, estava desaparecida desde sábado (12/11). Ela foi morta ao ser esganada pelo ex e foi enterrada no quintal de casa, em Planaltina (GO)

Chegaram ao fim, na tarde desta terça-feira (15/11), as buscas por Jéssica Oliveira de Sales, 31 anos, desaparecida desde sábado (12/11). A mulher foi encontrada morta enterrada no quintal da própria casa, no bairro Mutirão, no Setor Sul de Planaltina de Goiás. Assassino confesso, o ex-companheiro da vítima, Rafael Santana Pádua, 35, alegou que não aceitava o fim do casamento e esganou Jéssica até a morte.

No boletim de ocorrência registrado pela família de Jéssica, os parentes alegaram que a vítima vinha recebendo ameaças do ex-marido, que manteve relacionamento por quase 15 anos e teve dois filhos. Ao Correio, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) informou que o sinal do celular da vítima estava dando em uma área de Formosa (GO).

Durante as diligências, testemunhas relataram aos investigadores que um homem retirou entulhos de um lote baldio e transportou para dentro da casa da vítima. Um dos denunciantes disse, ainda, que conhecia a residência e informou que, nela, havia uma fossa desativada na parte da frente.

Policiais militares e civis e bombeiros foram ao local e, sobre o muro, conseguiram ver um aterro recente sobre a região. Diante da forte suspeita de que o corpo pudesse estar soterrado, os policiais e os bombeiros iniciaram a escavação e puderam sentir forte odor e ver roupas queimadas. Em certo momento, as equipes se depararam com a mão de uma pessoa e constataram que se tratava de um cadáver.

Prisão

Com as informações sobre a identidade do suspeito, os militares do Comando de Policiamento Especializado da PMGO (CPE) foram à residência da mãe de Rafael e, ao ser confrontado, o homem confessou ter esganado a ex até a morte e ocultado o cadáver na cisterna do imóvel.

Ele foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Formosa. O caso é tratado como feminicídio.

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