Feriado

Milhares de brasilienses vão aos cemitérios em homenagem aos finados

Milhares de brasilienses prestaram homenagens a entes queridos no feriado de Dia dos Finados. Emocionados, os visitantes dos cemitérios da cidade decoraram os túmulos de amigos e parentes com flores e presentes

Nem a chuva foi capaz de impedir que os brasilienses prestassem homenagens a entes queridos no Dia de Finados. Ontem, os seis cemitérios dos Distrito Federal receberam milhares de visitantes emocionados que prestigiaram parentes e amigos com orações. Flores e presentes decoraram a maioria dos túmulos, em um misto de saudade e carinho.

Pedro Marra/CB/D.A. Press - Roberto Barreto, 61 anos, acompanhou a missa de finados à tarde com a esposa, Maria Ignez, 65, e a filha Maria Catarina, 7
Pedro Marra/CB/D.A. Press - Com a esposa Vânia da Costa, 69 anos e o neto Gustavo Luiz, 15, Renato Jerônimo da Costa, 66, foi visitar túmulos de 20 amigos
Carlos Vieira/CB - Após homenagear familiares, Lucileide de Oliveira, 58, compareceu ao túmulo de Ana Lídia. O cunhado, que era da Marinha, foi o responsável por achar os fios de cabelo e a boneca da garota
Carlos Vieira/CB - A chuva não atrapalhou a vontade de homenagear pessoas queridas que morreram e rememorar boas lembranças
Carlos Vieira/CB - Mirelle de Moraes, 33, deixa, anualmente, uma carta no túmulo do pai, falecido em 2007. "Eu escrevo como foi o ano e o que está por vir", conta
Carlos Vieira/CB - Acompanhada da mãe e de uma amiga da família, Júlia de Barros Santos, 20, foi ao túmulo da avó, falecida há 16 anos
Carlos Vieira/CB - Nos cemitérios da cidade, brasilienses deixaram cartazes, flores e presentes nos túmulos de antepassados e amigos
Carlos Vieira/CB - Ao lado da filha, Denilzete Regina, 50, visita os túmulos do pai e da irmã todos os anos
Carlos Vieira/CB/D.A.Press - Lucileide de Oliveira, 58, comenta que cunhado, que era da Marinha, foi o responsável por achar a boneca de Ana Lídia

Os brasilienses aproveitaram a visita para acender velas aos falecidos que marcaram a história da cidade. No Campo da Esperança — concessionária que administra os cemitérios —  na Asa Sul, o jazigo de Ana Lídia foi um dos mais visitados, além das lápides do ex-presidente Juscelino Kubitschek e da ex-primeira dama Sarah Kubitschek. Em 1973, a menina de 7 anos foi torturada e assassinada em um crime que chocou os moradores de Brasília. No túmulo de Ana, foram deixados dezenas de brinquedos, chocolates e balões coloridos em homenagem à criança.

Com presença de freiras, famílias com crianças, idosos e adultos, a missa no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, celebrada pelo padre Renato Sneider, da Paróquia Santa Teresinha, do Cruzeiro Novo, reuniu mais de 300 fiéis com terços nas mãos. Atrás do altar, outro padre ouvia confissões.

Como forma de evitar aglomerações, muitos visitantes prestigiaram os entes queridos nos dias que antecederam o feriado. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) — responsável por coordenar a concessão das unidades cemiteriais, a previsão era que 500 mil pessoas passassem pelos seis cemitérios do Distrito Federal entre sábado e ontem, expectativa similar à do ano passado. O Campo da Esperança não fez o levantamento de visitantes.

Segundo o presidente da Associação do Mercado das Flores, Marcos André Alves Barbosa, as vendas de um dos itens mais procurados durante o feriado tiveram uma queda em relação ao ano passado. "Ficou inferior de 15% a 20%. Em 2021, cada lojista do Mercado das Flores pegou cerca de 120 vasos para vender no feriado de Finados, enquanto neste ano, foram 70. E nem vendeu tudo", comenta.

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