Brasília quebrou o recorde histórico e atingiu a maior taxa de trabalhadores sem carteira assinada. Entre 2020 e 2022, a informalidade passou de 28,6% para 33,8%, um aumento de 5,2 pontos percentuais. O impacto da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho foi o principal motivo para puxar a taxa para cima. A pesquisa é do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPE-DF) — antiga Codeplan.
As cidades mais pobres do Distrito Federal são as mais afetadas. Estrutural, Itapoã, São Sebastião, Fercal e Varjão tem quase 40% dos seus trabalhadores informais. Por outro lado, Park Way, uma das regiões mais ricas, tem apenas 8,1% de pessoas sem carteira de trabalho assinada. Os setores com maior informalidade são da construção civil e de serviços domésticos, 57,5% e 45,2%, respectivamente.
O levantamento, divulgado nesta terça-feira (22) ainda mostra que os negros são maioria entre o grupo de informais. Quase 30% das pessoas de pele preta de Brasília estão na informalidade, enquanto a taxa é de apenas 13% entre os brancos.
Se comparado às mulheres, os homens também são ligeiramente mais atingidos. Cerca de 34,6% das pessoas do sexo masculino estão em situação informal, ao mesmo tempo, no sexo feminino são 33%. Segundo o estudo, o índice é menor entre as mulheres porque elas possuem maiores níveis de escolaridade, já que são as que mais completam o ensino médio.
Em 2018 o DF apresentava a segunda menor taxa de informalidade no país. Com o aumento do índice neste ano, a unidade passou para a quarta posição no ranking. No pódio estão os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
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