A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) realiza, nesta segunda-feira (21/11) ação de derrubada das ocupações do Sol Nascente, afetadas pela enxurrada provocada pelo transbordamento das bacias de contenção na última sexta-feira (18/11). Cerca de 20 barracos que tiveram perda total ou danos graves devem ser derrubados.
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O Correio esteve na região, conhecida pelos habitantes como Chácara 89. Após dois dias do ocorrido, moradores ainda faziam a retirada do que restou da chuva.
Segundo o tenente coronel Gabriel Motta de Carvalho, coordenador de operações da Defesa Civil, neste domingo (20/11), agentes da pasta estiveram no local para ajudar na retirada dos itens pessoais. "Nós demos suporte e oferecemos, inclusive, abrigo e um local para os moradores colocarem os objetos pessoais, mas nenhum apresentou interesse", diz.
De acordo com o tenente, o DF Legal havia disponibilizado o Ginásio de Ceilândia para abrigo dessas pessoas. Para isso, os eventos previstos para os próximos dias no local foram cancelados. Porém, como não houve demanda, as atividades foram retornadas. "Todas conseguiram auxílio de parentes ou amigos. Acionamos diversos órgãos do governo para assessorar essas famílias. A Codhab esteve aqui, vai fazer avaliação do cadastro dessas pessoas. A Sedes forneceu ajuda humanitária".
A previsão é que a operação acabe ainda nesta segunda. "Vamos derrubar as casas em estado critico e orientar os outros moradores quanto aos cuidados e procedimentos a serem adotados em caso de chuva", diz.
De acordo com Gabriel, "a defesa civil deve monitorar a área em alerta da região. São as casas, próximas à bacia, que não foram destruídas. Nestes casos, vamos pedir que os moradores se retirem quando houver chuva. A Novacap vai fazer uma avaliação da bacia e estamos verificando uma atitude para que, se houver o transbordo, a água vá para outro local", pontua.
O tenente explica, ainda, que há casas em boas condições. "O problema é que estão em uma área perigosa, em um local irregular. Esse local não apresenta condições para que as pessoas estejam aqui. A nossa orientação é para que as pessoas procurem, na medida do possível, se retirarem do local", diz. Caso a saída não seja possível, o coordenador reitera que os moradores devem ficar atentos em relação à situação da chuva. "Se verem que vai acontecer algo, devem se retirar rapidamente da casa e chamar o Corpo de Bombeiros", completa .
O autônomo João Carlos, 28 anos, mora na região há cerca de três anos. Ele foi uma das pessoas que não tiveram a casa atingida pelas enxurradas. "O pé-direito da minha casa é alto, então nem chegou a inundar", explica. Ele recorda a noite da última sexta-feira com pesar: "Foi tenso. Eu e minha esposa estávamos em casa na hora e muitos vizinhos tiveram que sair de casa, com medo de serem levados pela água."
De acordo com João, a estrutura da casa foi aviada pela Defesa Civil e não apresentou riscos. "Está tudo intacto", diz. Para ajudar os vizinhos, João Carlos foi até o local, nas primeiras horas do dia. "A gente tenta ajudar como pode", explica. Ainda na manhã desta segunda-feira, moradores que foram até a região pegaram restos de materiais de construção. "Cada um pega o que acha que vai ajudara construir um novo barraco", explica.
Enxurradas
As enxurradas na região aconteceram entre a noite da última sexta-feira (18/11) e a madrugada de sábado (19/11). Segundo informações do Governo do DF, uma bacia de contenção transbordou, devido a um entupimento causado pelo lixo que se acumulou. “Cabe ressaltar que a limpeza no local tem sido feita de forma recorrente, mas neste período de chuva, o lixo jogado pela população acaba sendo arrastado para diversos locais durante esse tipo de transbordamento”, destacou o GDF, em nota.
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