Na noite da última sexta-feira (18), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeou a Operação Tchê, com objetivo de combater prostituição e escravidão sexual no Itapoã. A ação se deu por meio do trabalho investigativo da 6ª DP, do Paranoá, após denúncias sobre o funcionamento de uma casa de prostituição, localizada na região do Itapoã, onde as funcionárias estavam sendo impedidas de sair do estabelecimento.
Os investigadores passaram a monitorar o ambiente e conseguiram prender a proprietária e a gerente do local, duas mulheres de 26 e 33 anos, que foram autuadas pelos crimes de redução da condição análoga a de escravo, além de manter casa de prostituição e rufianismo (agenciamento da prostituição).
A equipe policial constatou que as mulheres eram trazidas de outros estados e alocadas no prostíbulo, que tinha a fachada de um bar. “No interior do comércio, elas faziam programas, eram submetidas a jornadas de trabalhos exaustivas e degradantes, além de serem impedidas de sair, mantidas sob a tutela da proprietária e da gerente, que lhes cobravam o dinheiro da passagem, comida e também percentual de cada programa que realizavam”, destaca o delegado-chefe da 6ª DP, Ricardo Viana.
Duas jovens, de 20 e 21 anos, que moravam e trabalhavam no local, foram resgatas e encaminhadas ao programa de proteção às vítimas da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus). Posteriormente, as duas mulheres serão levadas ao seu estado de origem. “Outras mulheres que estavam no local em condições suspeitas também foram levadas à sede da delegacia para serem ouvidas na condição de testemunhas”, explica o delegado.
A autoridade policial da 6ª DP faz um alerta à população para que denuncie casos semelhantes por meio do disque-denúncia da PCDF (197). A ligação é gratuita e o sigilo absoluto, para que outras mulheres em condição análoga possam ser identificadas e encaminhadas aos órgãos de proteção e os autores de crimes possam responder pelos atos criminosos. Cumpridas as formalidades legais, as duas mulheres foram recolhidas à carceragem da PCDF, onde permanecem à disposição da Justiça.
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