Os carros luxuosos apreendidos pela Polícia Civil do DF na operação Huracán, que investiga lavagem de dinheiro e a promoção de sorteios ilegais, estão retidos no pátio da PCDF. Nesta quinta-feira (17/11), os investigadores da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) trouxeram, de Minas Gerais, dois veículos luxuosos que seriam rifados pelo influenciador Elizeu Silva Cordeiro, mais conhecido como "Big Jhow".
No pátio, além dos veículos do influencer, estão outros dois carros, entre eles uma Ferrari, que pertencia ao youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, mais conhecido com Klebim. Juntos, os quatro automóveis, três Lamborghini e uma Ferrari equivalem a R$15 milhões e foram sequestrados judicialmente.
Em março, quando ocorreu a primeira fase da operação, o alvo foi o Kleber, que à época acumulava cerca de quatro milhões de seguidores, ele divulgava veículos auto esportivos equipados com rodas, suspensão e sons especiais e, em seguida, estipulava o valor da rifa e anunciava o automóvel no seu site.
No dia (10/11) a segunda fase da operação teve como alvo, Elizeu Silva Cordeiro, o Big Jhow. Policiais Civis cumpriram mandados de busca e apreensão no DF e em Minas Gerais de dois veículos da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões. Um dos carros estava na cidade de Esmeraldas (MG), sob os cuidados de Elizeu.
Em Minas Gerais, os agentes apreenderam uma lancha e um jet ski avaliados em R$ 700 mil. Também foram bloqueados R$ 12 milhões de reais em contas de pessoas físicas e jurídicas. A investigação contou com o apoio da Subsecretaria de Apostas e Promoção Comercial da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Economia.
Os dois Youtubers são investigados por lavagem de dinheiro e por promover sorteio ilegal de carros luxuosos. Big Jhow está preso preventivamente em Correntes (MG) por afrontar a polícia e o judiciário. Elizeu foi no instagram, divulgou o vídeo dizendo que mesmo com a apreensão do carro, ele iria rifar o valor do carro. O influenciador mineiro foi preso, na manhã desta quarta-feira (16/11), no condomínio onde mora, na cidade de Esmeraldas, em Minas Gerais.
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Os quatro envolvidos foram presos em março
Na primeira fase da operação, os quatro homens envolvidos foram presos por causa do esquema milionário. O youtuber Kleber Moraes, mais conhecido como Klebim, 27, assim como Vinícius Couto Farago, 30, Pedro Henrique Barroso Neiva, 37, e Alex Bruno da Silva, 28, utilizavam empresas de fachada para a lavagem dos recursos obtidos ilegalmente com a venda de rifas de carros de luxo. Na Lei nº 3.688/41, que está em vigor, a rifa é considerada modalidade de jogo de azar, tipificado no Brasil como contravenção penal.
Além da contravenção penal, Klebim, considerado o líder do esquema, praticava lavagem de dinheiro quando destinava o valor arrecadado com a venda das rifas em uma conta do Mercado Pago e, em seguida, na empresa EstiloDUB Publicidade, utilizada como fachada. A sede da empresa de fachada, era situada em Samambaia. As investigações revelaram que o dinheiro das rifas também era empregado na construção de uma loja. Por dois anos, Klebim usou o nome da mãe para comprar automóveis.
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