Um acusado de ser integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) tentou se esconder debaixo de uma caixa d'água durante a operação Saturação, desencadeada nesta sexta-feira (18/11), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Vídeo obtido em primeira mão pelo Correio mostra o momento da prisão de um dos alvos, em Sobradinho. A operação cumpre, nesta manhã, 21 mandados de prisão na capital e em outros três estados, além de 24 mandados de busca e apreensão.
O vídeo mostra o momento em que os policiais encontram o suspeito no esconderijo, debaixo de uma estrutura de caixa d'água de cimento. Ainda de cueca, o homem aparece deitado ao chão e com uma tornozeleira no pé, momento em que é algemado pelos investigadores. A operação Saturação visa capturar homicidas, traficantes e ladrões ligados à célula do PCC em Brasília.
Os 45 mandados são cumpridos nas regiões administrativas de São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, Planaltina, Ceilândia, Paranoá e nos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
Ao longo das apurações, os investigadores colheram provas que constataram a atividade ilícita de diversos membros da organização criminosa atuantes no DF, entre elas o esforço dos criminosos direcionados ao crescimento da facção na capital e a atuação dos líderes no estabelecimento de metas para o batismo de novos integrantes.
De acordo com a Polícia Civil, ficou comprovado, ainda, o planejamento orquestrado por faccionados para atacar componentes de facções rivais. Segundo as investigações, seria uma forma de garantir o “controle do crime” nos territórios onde a organização se faz presente. Nesta manhã, mais de 100 policiais civis do DF, de São Paulo e Minas Gerais saíram às ruas para o cumprimento dos mandados, inclusive no Complexo Penitenciário da Papuda e em unidades prisionais do Novo Gama (GO) e de Uberlândia (MG). As medidas visam a consolidação dos elementos probatórios já compilados, visando sedimentar a participação de cada integrante do grupo criminoso.
O PCC no DF
Mesmo com a transferência do chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, à Penitenciária Federal em Brasília, em março de 2019, o PCC não conseguiu se estabelecer no DF, segundo a delegacia de combate ao crime organizado, antiga Deco, hoje Draco/Decor, graças a um eficiente trabalho desenvolvido pelos policiais.
Em oito anos, a especializada desencadeou dezenas de operações voltadas ao combate às facções criminosas. Entre as operações de destaque estão a do Tabuleiro, em 2014; Palestina (51 denunciados), em 2015; e Legião (54 denunciados), em 2016. Em 2018, também foram realizadas as operações Prólogo (23 denunciados), Hydra (60 denunciados), Fora do Ar, que cumpriu 16 mandados de prisão e de busca e apreensão, e Continuum (14 mandados, sendo sete de prisão preventiva e sete de busca e apreensão).
Esse conjunto de operações, realizadas pela PCDF, impede o estabelecimento e crescimento de facções de âmbito nacional no Distrito Federal, como ocorre em outras unidades da federação.
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