A corregedoria da Polícia Militar do DF (PMDF) iniciou a investigação do caso do policial militar que matou o bombeiro Walter Leite da Cruz, na tarde desta quinta-feira (10/11). Valter morreu na tarde desta quinta-feira (10/11), depois de levar um tiro dentro da própria casa. Segundo informações da Polícia Civil do DF (PCDF), ele foi morto por disparo de arma de um policial militar, durante uma perseguição policial entre militares e um homem suspeito de violência doméstica.
A PMDF lamentou o ocorrido. Em nota, a corporação informou que “já deu início a adoção de todas as providências para apuração dos fatos e elucidação dos acontecimentos”. O bombeiro chegou a ser levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) em estado grave e inconsciente. O militar deixa a esposa e quatro filhos — três meninos e uma menina.
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‘Pai amável’
O Correio foi até Ceilândia para conversar com parentes da vítima, mas, de acordo com os vizinhos, a família não aparece na casa desde o ocorrido. De acordo com o vigilante e vizinho da família, Edson Barbosa de Moraes, 44 anos, o bombeiro era conhecido na rua como uma pessoa amável. “Dava pra ver que ele amava os filhos. Estava sempre brincando com eles. Era um cara família, não conversava muito com as pessoas, mas sempre cumprimentava”, diz.
De acordo com o vigilante, Valter e a família mudaram-se para o endereço há cerca de quatro anos. “A família sempre foi muito tranquila. Eles tinham o costume de receber familiares e amigos em casa, dava pra ver que eram pessoas muito queridas”, conta. Apesar de educado, o bombeiro não mantinha muita relação com os vizinhos. “Eram mais reservados. Ele costumava vir do trabalho para casa e de casa para o trabalho”, lembra.
Perseguição
Segundo as investigações, o homem suspeito de violência doméstica, de identidade não identificada, teria agredido a esposa durante a manhã da última quarta-feira (9/11). No período da tarde, ele retornou à casa para tentar matar a mulher, momento em que os policiais militares chegaram e o homem fugiu. Durante a perseguição policial, o rapaz subiu nos telhados das casas de um dos conjuntos e entrou na residência do bombeiro.
Quando os militares chegaram ao imóvel do sargento, um soldado tentou acertar o criminoso com um tiro, mas baleou Valter no pescoço. Ao Correio, o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), Antônio Dimitrov, afirmou que o suspeito não portava arma de fogo no momento da fuga e confirmou que o tiro partiu da arma do PM. Como o policial não foi apresentado na Central de Flagrantes da 15ª DP, o caso será investigado pela 24ª DP (Setor O).
O suspeito de agredir a mulher foi preso e levado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II).
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