O tiro que matou o bombeiro Valter Leite Cruz partiu da arma de um policial militar, afirmou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O segundo sargento morreu ao ser atingido com uma bala no pescoço dentro da própria casa, na QNO 6, no Setor O, em Ceilândia, na tarde desta quinta-feira (10/11). O crime ocorreu depois de uma perseguição policial entre militares e um homem suspeito de violência doméstica.
Segundo as investigações, o suspeito, de identidade não identificada, teria agredido a esposa durante a manhã de ontem. No período da tarde, ele retornou à casa para tentar matar a mulher, momento em que os policiais militares chegaram e o homem fugiu. Durante a perseguição policial, o rapaz subiu nos telhados das casas de um dos conjuntos e entrou na residência do bombeiro.
Quando os militares chegaram ao imóvel do sargento, um soldado tentou acertar o criminoso com um tiro, mas baleou Valter no pescoço. Ao Correio, o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), Antônio Dimitrov, afirmou que o suspeito não portava arma de fogo no momento da fuga e confirmou que o tiro partiu da arma do PM. Como o policial não foi apresentado na Central de Flagrantes da 15ª DP, o caso será investigado pela 24ª DP (Setor O).
O bombeiro chegou a ser levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) em estado grave e inconsciente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o suspeito de agredir a mulher, foi preso e levado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II).
Valter deixa a esposa e os quatro filhos. A reportagem procurou a Polícia Militar e questionou os fatos, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
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