A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a denúncia de agressão de líderes religiosos de igreja evangélica contra um adolescente de 13 anos. De acordo com o boletim de ocorrência, o crime aconteceu no último sábado (5/11), em uma unidade da igreja Sara Nossa Terra, em Ceilândia.
Conforme apurado pelo Correio, os líderes religiosos teriam se irritado enquanto o jovem conversava durante a exibição de um filme. O menino foi agredido física e moralmente, segundo boletim registrado pela família na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia).
O Correio entrou em contato com a família do rapaz. A mãe, de 37 anos, informou que a família não irá se pronunciar. Em contato com o advogado, a reportagem apurou que, ainda na tarde desta quinta-feira (10/11), a família estará em reunião com representantes da igreja Sara Nossa Terra para esclarecer o ocorrido e definir as providências que serão tomadas.
Outro lado
O centro religioso também foi procurado. Em nota, informaram que estão apurando os fatos da denúncia do ocorrido. De acordo com a igreja, o caso aconteceu em atividade externa, "após o culto da referida igreja em Ceilândia", e garantiu que tomará as providências cabíveis. "Vale ressaltar que a igreja Sara Nossa Terra repudia qualquer ato de violência e atua na região de Ceilândia oferecendo, além de aconselhamento espiritual, auxílio às famílias da redondeza", pontuou.
Weder Sampaio, advogado da Igreja Sara Nossa Terra em Brasília, informou ao Correio que o evento no qual teria ocorrido as agressões não foi promovido pela igreja e nem ocorreu nas dependências do templo. Ele explica que o episódio teria acontecido em um dos encontros informais que ocorrem após os cultos, chamados de comunhão. Pastores e fiéis têm o costume de se reunirem informalmente após as celebrações para atividades como exibição de filmes, lanches, vigílias e orações.
Segundo o representante, o encontro em questão ocorreu em um local público, próximo à igreja, que é localizada no Setor M, chamado de Espaço Belas Artes, utilizado pela comunidade de Ceilândia, mediante reserva prévia. “Ainda estamos apurando o que aconteceu, mas quem tem a competência de elucidar os fatos é a Polícia Civil. Caso culpados sejam apontados, o caso será analisado pela Administração Eclesiástica, que vai decidir a punição aos agressores”, explica Weder, que não soube dizer quais punições seriam cabíveis para o caso.
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