Após os bloqueios nas rodovias federais do Distrito Federal por grupos de bolsonaristas contrários ao resultado das eleições presidenciais, o Ministério Público Federal (MPF) criou, nesta quarta-feira (2/11), um grupo de apoio formado por procuradores para apurar os fatos relacionados ao fechamento das vias e aos eventuais atos em violação ao Estado de Direito, às instituições democráticas e à ordem social.
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Composto por nove procuradores da República no DF, o grupo tem como atribuição auxiliar os membros da Procuradoria da República no DF na atuação das áreas cível, criminal e de controle externo da atividade policial em relação ao bloqueio de rodovias federais no Distrito Federal, neste mês de novembro.
A portaria de criação foi assinada pela procuradora-chefe da unidade, Anna Paula Coutinho de Barcelos. O grupo será composto pelos seguintes procuradores: Frederico Paiva, Mário Alves Medeiros, Pablo Coutinho Barreto, Caio Vaez Dias, Ana Carolina Resende Maia, Márcia Brandão, Luciana Loureiro, João Gabriel Moraes de Queiroz e Felipe Fritz.
Interdição das vias
Com o resultado do segundo turno das eleições presidenciais que deu a vitória para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo (30/10), apoiadores do atual presidente e também candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas e bloquearam rodovias em diversas regiões do Brasil. No DF, os bolsonaristas fecharam vias importantes de acesso à capital.
Após dois dias de protestos nas rodovias que cortam o DF, todos os oito pontos de bloqueio foram liberados na terça-feira (1º/11), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os trechos estavam localizados na BR-020, BR-040, BR-070, BR-080 e BR-251, o que afetou regiões como Brazlândia, São Sebastião, Águas Lindas de Goiás, Formosa (GO) e Luziânia (GO).
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